Endividamento da economia volta a subir. Atinge 721,5 mil milhões em outubro

Economia portuguesa viu agravar o seu endividamento no mês de outubro, em cerca de 2.500 milhões de euros.

O endividamento da economia portuguesa voltou a subir em outubro. Superou os 721 mil milhões de euros naquele mês, num agravamento que se deve sobretudo à subida da dívida no setor público, mostram os dados do Banco de Portugal.

O total da dívida do Estado, empresas e famílias portuguesas chegou ao final de outubro nos 721,5 mil milhões de euros, correspondendo a uma subida de 2,46 mil milhões de euros face a setembro. Uma evolução que se deve ao “incremento de 2,8 mil milhões de euros no endividamento do setor público, que foi parcialmente compensado pela redução de 400 milhões de euros no endividamento do setor privado”, explica o regulador na nota de informação estatística divulgada esta quinta-feira sobre o endividamento do setor não financeiro.

Em termos brutos, o endividamento da economia encontra-se no valor mais elevado desde abril deste ano, quando ascendia a 724,5 mil milhões de euros.

Economia volta a aumentar endividamento

Fonte: Banco de Portugal

Ainda assim, medindo a dívida do Estado, empresas e particulares em função da riqueza produzida anualmente pelo país (Produto Interno Bruto), verifica-se que a economia portuguesa se encontra em “desalavancagem” há quatro anos: chegou ao final do terceiro trimestre com uma dívida correspondente a 359,83% do PIB, isto depois de ter atingido o valor mais elevado de sempre nos 410,85% no terceiro trimestre de 2014.

Para este comportamento não contou apenas a redução da dívida bruta, mas também o andamento mais favorável da economia nos últimos anos, que ajudou a reduzir ainda mais o rácio do endividamento destes três agentes económicos.

No que toca à evolução observada durante o mês de outubro, o Banco de Portugal nota que o “acréscimo do endividamento do setor público resultou, sobretudo, do aumento do endividamento face ao setor não residente, às próprias administrações públicas e ao setor financeiro”.

Sobre o setor privado, adianta que o endividamento das empresas face ao setor financeiro diminuiu 1,1 mil milhões de euros. Mas “esta redução foi parcialmente compensada pelo aumento do endividamento externo das empresas em 700 milhões”, diz o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h30)

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