Dia mandata PwC para vender 300 lojas este ano
O plano de reestruturação da dona do Minipreço prevê a alienação de 600 lojas. Já este ano a empresa espera alienar 300. Com estas alienações, grupo espera eliminar 2.100 postos de trabalho.
Antes da assembleia geral de acionistas em que pretende angariar 600 milhões de capital, o conselho de administração da retalhista Dia mandatou a PwC para encontrar comprador para as 300 lojas que pretende alienar este ano. O plano prevê a venda de um total de 600 lojas a média prazo, escreve o Expansión [acesso livre].
A consultora agora escolhida já tem em mãos o desinvestimento do Dia no negócios de cash&carry, através do qual a retalhista prevê arrecadar cerca de 50 milhões de euros. Também em vias de ser alienada está a Clarel, cadeia de lojas de drogaria, perfurmaria e higiene pessoal. O Santander e o BBVA são os mandatados para vender a Clarel que, em Portugal, conta com 73 estabelecimentos.
Mas o plano de reestruturação da retalhista não fica por aqui. A braços com uma crise financeira e, até aqui controlada através de um plano de financiamento delineado junto da banca, a empresa, segundo avança o jornal espanhol, apresenta esta sexta-feira aos sindicatos um plano que prevê a eliminação de 2.100 empregos todos em Espanha.
A reunião com os sindicatos serve para apresentar o Expediente de Regulação de Emprego (ERE). A ideia é que a maioria dos despedimentos possam estar afetos às lojas a alienar, de modo a que possam ser absorvidos — pelo menos em parte — pela entidade compradora.
Todas estas movimentações acontecem em simultâneo ao anúncio do lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) pelo milionário russo Mikhail Fridman, que já é acionista da dona do Minipreço com cerca de 29%, e que pretende conseguir o controlo dos 70,9% que ainda não detém.
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