Centeno diz que não há margem para mais despesa. “É uma realidade constatável”, reconhece Costa
Mário Centeno diz que não há dinheiro para aumentar a despesa. E António Costa? Concorda. Diz que é uma "realidade constatável". O ministro das Finanças disse o "óbvio".
A meio das negociações com enfermeiros, professores e funcionários públicos, Mário Centeno veio assumir que “não há margem nenhuma para acomodar novos aumentos de despesa”. E António Costa concorda. Para o primeiro-ministro, o que o ministro das Finanças veio afirmar “é uma realidade constatável”.
As verbas que o Estado tem para gastar este ano foram as que foram aprovadas pelo Parlamento no Orçamento do Estado”, disse Costa, em declarações transmitidas pela RTP3, à saída da Cimeira UE-Liga Árabe, em Chipre. O OE autoriza a cobrança de receita e fixa um limite de despesa”, lembrou.
Costa acrescentou que só cumprindo com o que está no OE em termos de receitas e de despesa se consegue “cumprir as metas” que estão no OE, apontando para o défice sem, contudo, o referir. A meta do Governo para este ano é de um défice de 0,2%, sendo que Centeno quererá fazer melhor. Marques Mendes falou num brilharete a meio do ano, com défice 0% ou mesmo um excedente.
“Centeno não acrescentou nada a não ser o que é obvio”, rematou Costa, mostrando-se totalmente alinhado com o seu ministro das Finanças — não corroborando a tese do “polícia mau” e “polícia bom” defendida pelo comentador da SIC.
Este alerta para a ausência de margem para mais despesa surge numa altura em que o Governo está a tentar negociar com os enfermeiros, tendo já dado resposta a uma das principais reivindicações, a da criação da carreira de enfermeiro especialista, mas também com os professores. Neste caso, estão em causa os mais de nove anos de serviço congelados que não estão a contar para as progressões.
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