Construção fraca nos EUA derruba otimismo de Wall Street

As principais praças norte-americanas fecharam esta segunda-feira no vermelho. Após um forte impulso na abertura, graças às negociações comerciais entre China e EUA, o otimismo em Wall Street não resistiu a uma inesperada queda no investimento (tanto público como privado) na construção.

Os gastos com construção nos EUA caíram em dezembro, levando os economistas a anteciparem que o Governo norte-americano seja obrigado a cortar as estimativas de crescimento económico para o último trimestre do ano passado (altura que já afetada pelo shutdown governamental, que poderá também ter impacto no produto norte-americano).

O índice industrial Dow Jones perdeu 0,77% para 25.825,71 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 recuou 0,37% para 2.793,39 pontos e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,21% para 7.579,34 pontos.

Antes de inverterem a tendência, as ações foram animadas por um relatório que indica que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, possam chegar a um acordo comercial formal na cimeira que vai ter lugar em 27 de março. O otimismo em relação às duas maiores economias do mundo levado a um rally acionista desde dezembro. Apesar das perdas desta sessão, o S&P 500 acumula um ganho de 11% em 2019.

“Tem havido incorporação desta expetativa ao longo dos primeiros meses de 2019, que é parte da causa para um mercado tão otimista”, afirmou Alicia Levine, estrategista-chefe da BNY Mellon Investment Management, à agência Reuters. “O mercado espera um acordo comercial com a China, portanto há alguma venda nas notícias”, acrescentou, sublinhando que há, ainda assim, margem para subida quando o acordo se concretizar.