Papeleiras e BCP pressionam Lisboa. Bolsa fecha no vermelho

Na segunda sessão da semana, a praça bolsista nacional fechou em terreno negativo, pressionada sobretudo pelos títulos das papeleiras e do BCP. As ações desse banco recuaram 1,76%.

Lisboa terminou a segunda sessão da semana em terreno negativo. Das 18 cotadas nacionais, apenas sete fecharam no verde. A pressionar a bolsa lusa estiveram, sobretudo, os títulos das papeleiras e do BCP, que recuaram 1,76%. No dia em que apresentou o seu plano estratégico, também a EDP viu as suas ações desvalorizarem.

O índice de referência nacional, o PSI-20, recuou 0,62% para 5.151,6 pontos. Nas demais bolsas do Velho Continente, registou-se com sentimento misto, tendo o Stoxx 600 ficado mesmo na linha de água. O alemão Dax desvalorizou 0,1%, o francês CAC avançou 0,2% e o espanhol IBEX recuou 0,1%. No dia em que o acordo do Brexit negociado entre Londres e Bruxelas vai a votos no Parlamento britânico, o FTSE 100 subiu 0,4%.

Por cá, a pressionar a bolsa nacional estiveram, sobretudo, as papeleiras. As ações da Altri (que apresenta resultados na quarta-feira) recuaram 2,47% para 7,12 euros, as da Navigator 1,62% para 4,258 euros e as da Semapa 0,8% para 14,94 euros.

Do lado das perdas, destaque ainda para os títulos do BCP, que desvalorizaram 1,76% para 0,2234 euros, em linha com a tendência na banca europeia. O índice setorial Euro Stoxx Banks caiu 0,2%, mantendo o sentimento negativo desde a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na semana passada. As perspetivas de desaceleração na economia levaram ao anúncio de que os juros vão manter-se em mínimos históricos até 2020 e, consequentemente, a uma fuga das ações para as obrigações. As condições da nova ronda de financiamento de baixos custos também ficou abaixo do esperado, penalizando as ações da banca.

Também a família EDP ficou em terreno negativo. Os títulos da empresa liderada por António Mexia recuou 0,67% para 3,247 euros e os da EDP Renováveis desvalorizaram 0,81% para 8,555 euros. Isto no dia em que a energética apresentou o seu plano estratégico, no âmbito do qual pretende aumentar a porção dos lucros a distribuir pelos acionistas até 2022, ao mesmo tempo que tenta imprimir um ambicioso plano de investimentos no valor de 12 mil milhões de euros, com especial foco nas renováveis.

As ações da Galp Energia também desvalorizaram. Caíram 0,81% para 14,085 euros. Do lado dos ganhos, destaque para as ações da Nos e dos CTT, que somam respetivamente 0,74% para 5,425 euros e 0,58% para 2,792 euros.

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