5 coisas que vão marcar o dia

O Tesouro português vai emitir dívida de curto prazo, enquanto os partidos se pronunciam sobre o PE e o Parlamento debate a sustentabilidade da Segurança Social. Lá fora, há inflação e OPEP.

O Tesouro português vai ao mercado para colocar até 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Os partidos vão pronunciar-se sobre o Programa de Estabilidade e a Concertação Social sobre o Programa Nacional de Reformas. Ainda no Parlamento, há debate sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social. Já a nível internacional, as atenções vão estar viradas para a inflação na Zona Euro e para o encontro dos maiores produtores de petróleo do mundo.

Portugal vai ao mercado. Quer 1.250 milhões

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar, esta quarta-feira, um leilão duplo de bilhetes do Tesouro (BT) a três e 11 meses. O montante indicativo da operação situa-se entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros, entre BT com maturidades em 19 de julho de 2019 e 20 de março de 2020, devendo o IGCP voltar a conseguir obter taxas negativas, isto numa altura em que os juros de longo prazo tocam mínimos históricos. No caso da dívida benchmark, as obrigações a 10 anos, a yield tem caído em mercado secundário, tendo negociado na última sessão abaixo de 1,2%.

Partidos pronunciam-se sobre Programa de Estabilidade

Termina esta quarta-feira o prazo para os partidos entregarem projetos de resolução sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, sendo que o CDS-PP já anunciou que vai requerer a votação no Parlamento e irá apresentar um plano alternativo. Entre as medidas está uma descida de impostos a partir de 2021, através de uma redução nas taxas de IRS, que será paga com um corte nos benefícios fiscais. O mesmo tema estará em cima da mesa da Concertação Social, que irá também analisar o ponto de situação do Portugal 2020 e respetiva reprogramação.

Parlamento debate a sustentabilidade da Segurança Social

O sistema nacional de Segurança Social e a sua sustentabilidade será o tema do debate quinzenal que terá lugar esta quarta-feira, ao qual não faltará a greve dos motoristas que “secou” muitos postos de abastecimento de combustíveis. A discussão acontece menos de uma semana depois de a Fundação Francisco Manuel dos Santos ter divulgado um estudo que indica que, entre 2020 e 2045, o número de pensionistas deverá crescer de 2,7 milhões para 3,3 milhões. A partir de 2040, um terço da população portuguesa estará mesmo a receber pensão de velhice, o que coloca uma grande pressão sobre a Segurança Social. O défice crónico deverá chegar já no fim da próxima década e a solução seria aumentar a idade da reforma até aos 70 anos, mas o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, rejeita essa hipótese.

Confiança dos consumidores portugueses e inflação europeia

O dia vai ser cheio em termos de indicadores económicos. Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatísticas publica o índices de preços na produção industrial e a síntese económica de conjuntura (incluindo a confiança dos consumidores) relativos a março, enquanto o Banco de Portugal divulga estatísticas das empresas de central de balanços. Na Europa, o principal foco vai ser o índice de preços nos consumidores na Zona Euro em março. O Eurostat deverá confirmar a desaceleração da inflação para 1,4%, após os 1,5% registados em fevereiro, numa altura em que os investidores procuram todos os sinais possíveis de que o travão na economia não é tão agressivo quanto esperado.

Maiores produtores de petróleo reavaliam cortes

Começa esta quarta-feira uma reunião de dois dias da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que irá determinar a estratégia para o mercado petróleo nos próximos meses. O primeiro dia será apenas para os membros do cartel e, no segundo, juntam-se outros países produtores, incluindo a Rússia, que também alinham no plano de cortes de produção em curso desde o início de 2018. Este programa será reavaliado e, segundo a agência Reuters, os países poderão decidir libertar um pouco a produção se a oferta por parte da Venezuela e do Irão caírem já que estender os cortes poderá começar a sufocar o mercado.

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