BRANDS' TRABALHO Serão as Pessoas, ainda, o mais importante?
Marta Santos, EY Senior Manager, fala sobre a evolução tecnológica que foi feita por pessoas, para pessoas! Podemos ter colegas humanos e robots… mas não queremos eliminar o fator humano.
Num mundo onde as nossas dúvidas são esclarecidas com chatbots…, os nossos salários, impostos e seguros são processados por robots…, onde data analytics analisa a informação e nos indica que filmes ver, que música ouvir, que resultados de pesquisas são os mais indicados para nós…, onde a IoT (internet of things) permite que os aparelhos comuniquem entre si…, onde os carros já não vão precisar de condutor! O mais importante ainda são as pessoas?
Parece assustador. Um mundo onde as máquinas “ganham vida”, a Inteligência Artificial é cada vez mais uma realidade presente no nosso dia-a-dia, quando há tão pouco tempo era ficção científica!
Sim, pensar num mundo em que as máquinas podem ultrapassar as pessoas, assusta. Mas só isto já nos diferencia enquanto seres humanos. Porque só ficamos assustados porque temos a capacidade de refletir sobre o passado e de projetar o futuro. Temos consciência e capacidade de pensamento abstrato… “e se?…”
O nosso receio vem essencialmente da falta de controlo que sentimos sobre a evolução a que assistimos. E se as máquinas realmente se autonomizarem? E se quem parametriza os robots os usar para fins menos corretos?
É preciso, então, lembrar que tudo isto foi feito por pessoas, para pessoas!
A evolução tecnológica veio permitir que as pessoas possam ter uma vida mais fácil, mais confortável. Da indicação dos horários dos transportes públicos às indicações de trânsito ou previsões meteorológicas numa App do smartphone. Das compras online ao cinema em casa… De treinadores online a inovações médicas que tornam a prevenção e a cura mais fáceis, mais rápidas e mais eficazes.
Também no contexto de trabalho, a transformação digital surge como um facilitador. O trabalho repetitivo e padronizado cansa… não acrescenta, não potencia evolução e não o fazemos sem erro. É este o trabalho que a tecnologia vem assumir. Diminui os custos e o tempo de cada atividade e elimina o erro. Mas o receio de que as pessoas deixem de ser relevantes, sendo uma reação natural, não é real.
Podemos ter colegas humanos e robots… mas não queremos eliminar o fator humano.
Queremos que os humanos adotem a tecnologia, que convivam com ela, que a utilizem para fazer cada vez melhor o seu trabalho.
Não há projetos de transformação digital de sucesso se não olharmos para as pessoas, se não as integrarmos, se não gerirmos a mudança.
O digital vem potenciar a nossa capacidade de inventar novas coisas e novas formas de fazer as coisas, novas oportunidades de negócio, novas formas de colaborar.
Num mundo onde a evolução tecnológica é vertiginosa, as pessoas são ainda o mais importante?
Sim!
Em todas as empresas, em todos os setores de atividade, em todos os países, as pessoas são o elemento fundamental.
É preciso pessoas motivadas, interessadas, competentes, criativas, inovadoras.
É preciso pessoas simpáticas, afáveis, empáticas, sonhadoras.
É preciso pessoas capazes de liderar, de decidir, de ouvir, de relativizar.
É preciso pessoas capazes de ensinar, de formar, de reforçar, de inventar, de transformar.
É preciso pessoas atentas às questões éticas, ao planeamento e à regulamentação do mundo digital.
É preciso pessoas capazes de entender que sem pessoas as organizações não podem sobreviver.
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