Porcos podem complicar negociações comerciais entre EUA e China
Donald Trump exige que Pequim "aumente substancialmente" as importações de soja, usada para alimentar os suínos, ou não há acordo comercial. Chineses consomem 700 milhões de porcos por ano.
A queda da importação de soja dos Estados Unidos para alimentar a população de porcos na China pode dificultar as negociações comerciais entre os dois países. Em causa está um surto de peste suína que levou à morte de 20% dos animais só este ano. Com a queda da procura de ração para alimentar a população de suínos também já provocou a descida dos preços da soja, prejudicando os agricultores norte-americanos. Agora Donald Trump exige que Pequim “aumente substancialmente” as importações de soja ou não há acordo comercial.
A análise consta de um estudo desenvolvido pelo HSBC Global Research, noticiado pela Sky News, que indica que uma menor procura pela ração pode “restringir a capacidade da China para aumentar substancialmente as importações de soja dos Estados Unidos”, uma exigência chave do Presidente norte-americano Donald Trump nas negociações para aumentar as exportações de produtos norte-americanos para a China.
Por ano, quase 700 milhões de porcos são abatidos na China. A carne suína é a mais consumida no país e a soja, é usada, sobretudo, para alimentar porcos na China e, a maioria, é importada dos Estados Unidos e do Brasil.
Isto numa altura em que Estados Unidos e China travam uma guerra comercial, depois do presidente Donald Trump ter imposto taxas para cumprir a sua promessa de campanha eleitoral de reduzir o défice comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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