Redes sociais garantem não existir campanha para manipular voto nas europeias

Facebook, Twitter e Google não encontraram indícios de que exista uma campanha coordenada para manipular ou suprimir o voto nas eleições do Parlamento Europeu, ao contrário do que aconteceu nos EUA.

As grandes plataformas tecnológicas garantem que não há indícios que apontem para uma campanha coordenada para manipular ou suprimir o voto nas eleições europeias, ao contrário do que terá acontecido no referendo do Brexit e nas Presidenciais dos EUA e do Brasil. A notícia foi avançada pelo Financial Times (acesso pago).

A influência das redes sociais nas eleições europeias tem sido motivo de grande preocupação, uma vez que é mais difícil detetar e suprimir este tipo de ameaças quando estão em causa 427 milhões de eleitores em 28 países diferentes e conteúdo publicado em dezenas de idiomas, recorda o jornal.

Responsáveis do Facebook, do Twitter e da Google prestaram garantias de que não existem motivos para acreditar que esteja em curso uma campanha para influenciar negativamente as eleições do Parlamento Europeu. Declarações que surgem na última semana de campanha, a menos de sete dias de milhões de eleitores serem chamados às urnas para escolher os seus representantes europeus para os próximos cinco anos.

Acredita-se que terão existido influências estatais externas no resultado do referendo do Brexit e na eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, sobretudo da parte da Rússia, com campanhas direcionadas nas redes sociais. Em 2016, em plena campanha das Presidenciais norte-americanas, um grupo alegadamente relacionado com o Kremlin investiu 100.000 dólares em anúncios no Facebook, incluindo mensagens falsas a incentivar afro-americanos a votarem via SMS.

Tem sido atribuída às grandes plataformas cada vez mais responsabilidade no policiamento do conteúdo falso e da propaganda que tenha como objetivo manipular os eleitores. Desde 2016 que as três principais empresas têm estado sob pressão para implementar medidas que mitiguem o problema, mas também tem havido resistência, uma vez que algumas podem resultar em barreiras ao rápido crescimento das receitas e dos lucros que é exigido pelos acionistas.

Já em 2018, mesmo depois de implementar medidas no WhatsApp, a aplicação de mensagens gerida pelo Facebook foi usada para veicular informação falsa na campanha das Presidenciais do Brasil.

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