Apetro já tem em curso ações para mitigar impacto da greve dos motoristas
Melhorar canais de comunicação entre os vários envolvidos, privados e públicos, reorganizar escalas de enchimento das bombas e afinar processos estão entre as medidas que petrolíferas têm em curso.
As empresas petrolíferas já têm uma série de ações em curso para mitigar o impacto da greve de motoristas nos consumidores, revelou esta sexta-feira o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), António Comprido, em declarações à RTP. As ações em curso, explicou, surgem na sequência das lições aprendidas durante a paralisação de abril último.
“As ações são para mitigar o impacto da greve nos consumidores em geral. Passa sobretudo por aprender com o que aconteceu na última greve, ou seja melhorar os canais de comunicação entre os vários intervenientes, como as estações de enchimento e carga, as empresas de transporte, as petrolíferas e também com as entidades que estarão no terreno, sejam as forças policiais, sejam os representantes do Governo”, detalhou ao canal público de televisão.
O representante das empresas petrolíferas acrescentou que além das ações que a Apetro, como associação pode tomar, há também outras medidas que cada uma das empresas pode tomar individualmente e/ou com os seus clientes. “Cada uma das empresas está a tentar fazer o planeamento de abastecimentos de forma a antecipar, dentro do possível, a greve, para que a atravesse da melhor forma possível”, explicou António Comprido. Além disso, há também processos que estão a ser “afinados” com o intuito de mitigar os efeitos da paralisação, mas não mais do que isso.
“Não vamos interferir diretamente na greve, respeitamos o direito à greve. Mas queremos, tanto quanto for possível, que o impacto nas pessoas, privadas ou coletivas, seja o menor possível“, disse à RTP.
Em relação ao lançamento da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento, o secretário-geral da Apetro enalteceu a medida, mas recordou que também esta é de efeitos limitados. “A rede cobre o território nacional todo. Temos cerca de três mil postos de abastecimento no país, logo a rede é de cerca de 12% dos postos, bastante inferior ao que é normal”, disse. Mas lembrou que outras bombas de gasolina continuarão a ter combustível.
“A greve não significa que outros postos não possam ser abastecidos, tudo depende dos serviços mínimos que vierem a ser decretados, que níveis terão, o que vão abranger e da capacidade de os operacionalizar. É tudo uma incógnita ainda, mas quando começar a greve vamos acompanhar de perto e perceber como está a correr“, concluiu.
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