“Nunca houve da nossa parte compromisso para um acordo parlamentar”, diz Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa reforça a ideia de que não necessita de um acordo escrito, numa possível solução governativa com o PS, relembrando que nunca houve da parte do PCP um "compromisso".
Jerónimo de Sousa reforça a ideia de que não necessita de um acordo escrito, numa possível solução governativa com o PS, relembrando que nunca houve da parte do PCP um “compromisso para um acordo parlamentar ou acordo de Governo”. Horas antes da reunião com os socialistas, o líder do PCP recorda que a situação atual é diferente daquela vivida há quatro anos.
“Hoje temos um quadro diferente. Independentemente da relação de forças ser idêntica, aqui a diferença substantiva é que nunca houve da nossa parte compromisso para um acordo parlamentar ou acordo de governo”, aponta Jerónimo de Sousa, em declarações transmitidas pelas televisões.
Enquanto em 2015 o entendimento alcançado foi com o objetivo de “desbloqueamento da situação”, e tinha como pano de fundo a exigência do na altura Presidente da República, Cavaco Silva, de existir um acordo escrito para garantir a estabilidade. Agora, PS venceu as eleições e, apesar de não ter maioria absoluta, Marcelo Rebelo de Sousa já disse não precisar do “papel”, tanto que já indigitou Costa como primeiro-ministro.
O secretário-geral do PCP apontou ainda o dedo ao PS por, durante os quatro anos que passaram, terem sido “muitas as vezes em que o PS se encostou claramente à direita em questões fundamentais“, como é o caso das PPP, Uber, Banif e legislação laboral. Estes assuntos foram uma “demonstração clara de que não havia nenhum acordo”.
Já no que diz respeito ao encontro desta tarde com António Costa, às 16h00, Jerónimo sublinhou que não pode adiantar um juízo porque “ainda não conhecemos os conteúdos e perspetivas do PS”. Ao contrário não é o caso, apontou, já que as propostas do PCP são conhecidas. “O PS sabe ao que vem”, reiterou.
Os “objetivos imediatos” do partido são, como Jerónimo enumerou, o salário mínimo de 850 euros, o combate à precariedade, o aumento de pensões de reforma, uma rede de creches gratuita para crianças até aos três anos, e o investimento nos serviços públicos, nomeadamente no SNS.
(Notícia atualizada às 11h20)
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