Estes países têm os melhores sistemas de pensões do mundo

Que país tem o melhor sistema de pensões do mundo? Um estudo australiano indica que é a Holanda a merecer o troféu. Portugal não é citado e Espanha é penalizada pela fraca sustentabilidade do sistema.

É na Holanda, na Dinamarca e na Finlândia que se encontram os melhores sistemas de pensões do mundo, de acordo com um o Melbourne Mercer Global Pensions Index. A sustentabilidade, a integridade e a adequação são os critérios que servem de base a este estudo, que não menciona Portugal e indica que a vizinha Espanha está próxima da base do ranking (26º lugar de 37 países).

O estudo, que abrange quase dois terços da população mundial, coloca três questões principais: O sistema de pensões melhora a situação financeira dos pensionistas? O sistema de pensões é sustentável? O sistema de pensões tem a confiança da comunidade?

E é na Holanda que se encontram as melhores respostas a essas perguntas. O sistema de pensões holandês conquista 80,3 pontos, enquanto a média são 60,5 pontos. Segue-se o sistema de pensões dinamarquês, com 80,2 pontos. E o sistema finlandês consegue o terceiro lugar no pódio com 74,5 pontos.

No outro lado do espetro, o sistema de pensões da Argentina, com 39,2 pontos, é considerado o pior do mundo (ou melhor, dos 37 países analisados), penalizado sobretudo pela sua fraca pontuação no que diz respeito à sustentabilidade.

Também da base da tabela, aparece a Índia (com 44,6 pontos) e o México (com 45,3 pontos). Portugal não é sequer considerado neste estudo, mas a vizinha Espanha tem um lugar no ranking. Com 54,4 pontos, o sistema de pensões espanhol fica em 26º lugar, penalizado sobretudo pela sustentabilidade (nesse ponto, só consegue conquistar mesmo 27,8 pontos).

Os Estados Unidos (58,8 pontos) e o Reino Unido (62,5 pontos) aparecem a meio da tabela, salientando o estudo que estes países poderiam melhorar as suas classificações se subissem o limite mínimo das pensões atribuídas aos beneficiários com rendimentos mais baixos.

Este estudo australiano tem como principal objetivo promover a adoção de políticas que forneçam segurança financeira às populações mais velhas, num momento em que o envelhecimento demográfico tem conquistado terreno em todo o mundo.

Ainda que Portugal não apareça neste índice australiano, um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indicava o sistema de pensões luso como “um bom exemplo” de como é possível equilibrar os objetivos de equidade entre beneficiários com as metas de sustentabilidade financeira. Essa não é, contudo, uma opinião consensual. Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o sistema de pensões português faz pouco por corrigir as desigualdades de rendimentos entre idosos, insistindo que é preciso mudar, por exemplo, a taxa de formação da pensão.

Ainda sobre a sustentabilidade do sistema português, o FMI sublinhou, no relatório sobre Portugal ao abrigo do Artigo IV, que o sistema luso é “dispendioso”, quando comparado com os padrões dos demais países.

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