Ações dos CTT tocam em máximos de oito meses após resultados. Grupo EDP perde força

A época de resultados está a marcar as negociações em bolsa, dividindo as atenções com política da Fed. Depois do grupo EDP e dos CTT, hoje será a Altri a reportar contas ao mercado.

A bolsa de Lisboa abriu praticamente inalterada nos 5.106,40 pontos, com os investidores focados na época de resultados. A grande estrela da sessão é a operadora postal CTT, cujos lucros quase duplicaram entre janeiro e setembro. As duas empresas do universo EDP tomaram sentidos contrários e a Altri — próxima cotada do PSI-20 a reportar contas — pressiona o índice.

Os investidores nacionais continuam a dividir a sua atenção entre a envolvente internacional e os resultados das empresas domésticas“, referem os analistas do BPI, numa nota de abertura do mercado.

A última sessão foi cheia de resultados. Os CTT apresentaram um resultado líquido de 22,9 milhões de euros, o que representa um aumento 99,7%, fruto da “melhoria operacional”, do contributo líquido adicional da 321 Crédito e de um efeito positivo ao nível fiscal, de caráter “extraordinário”. As ações sobem 3% para 2,84 euros por ação.

CTT tocam máximos de oito meses

Antes dos resultados, Altri desvaloriza

Já a EDP fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 460 milhões, um crescimento de 55% face ao mesmo período do ano passado. A EDP Renováveis quase triplicou os resultados líquidos para 342 milhões de euros. As duas cotadas reagem a estes resultados, mas com pouco entusiasmo. Enquanto a elétrica liderada por António Mexia abriu no vermelho e passou nas primeiras negociações para a linha de água, nos 3,63 euros por ação, a eólica cede 0,20% para 9,85 euros.

Ainda com os resultados em destaque, a Altri — que reporta contas ao mercado após o fecho da sessão — é a cotada que mais cai: 0,91% para 5,43 euros por ação. A pressionar o PSI-20 estão ainda a Navigator, Jerónimo Martins e Galp.

Ainda na bolsa de Lisboa, mas fora do índice de referência, a oferta pública de aquisição (OPA) da Cofina à Media Capital deu mais um passo a caminho do sucesso, com o ok da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). A dona da TVI, que tem um free float reduzido, não desde o início do mês e a dona do Correio da Manhã avança 1,66% para 0,43 euros por ação.

Setor automóvel em foco

Entre as principais praças europeias, a abertura da sessão também foi entre ganhos e perdas ligeiros. O Stoxx 600 e o francês CAC 40 sobem 0,1%, o espanhol IBEX 35 soma 0,12% e o alemão DAX avança 0,15%. Já o britânico FTSE 100 perde 0,15%.

“Como a reunião da Reserva Federal se enquadrou com o esperado, os investidores do Velho Continente irão centrar-se sobretudo em questões microeconómicos que deverão afetar especificamente alguns setores”, sublinha o BPI. “Os fabricantes de automóveis poderão ser influenciados pela confirmação oficial que a Peugeot e a Fiat estão em negociações para uma eventual fusão“.

O negócio ficou fechado ontem à noite. A Fiat Chrysler Automobiles e o grupo PSA chegaram a um acordo para uma fusão que vai dar origem a uma nova gigante no setor, a ser liderada pelo gestor português Carlos Tavares e que terá John Elkann como chairman. A nova empresa está avaliada em 48,4 mil milhões de dólares (43,4 mil milhões de euros). As ações da Fiat disparam 10% na bolsa de Milão, enquanto a Peugeot cai, em Paris, 8,3%.

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