Greve na banca? “Estamos prontos para ir o mais longe que possamos”

  • ECO
  • 2 Novembro 2019

Em entrevista à TSF/Dinheiro Vivo, o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos Bancários não exclui o recurso à greve se os bancos não aceitarem melhorias para os trabalhadores em 2020.

O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos Bancários, Paulo Marcos, admite, em entrevista à TSF/Dinheiro Vivo, que os trabalhadores dos bancos façam greve se as instituições financeiras não aceitarem melhorias para os seus funcionários em 2020. Depois das valorizações salariais conseguidas para 2019, o dirigente sindical avisa que a luta quanto aos objetivos para os próximos três anos começa na próxima semana.

“Estamos preparados – o ano de 2020 para nós começa nesta semana com a entrega das primeiras propostas para 2020-2022 – para ir, dentro da razoabilidade, o mais longe que possamos. Não descartamos nada. Não há uma greve bancária há mais de quatro décadas, não é isso que nos move, o que nos move é a defesa desta comunidade”, diz Paulo Marcos na entrevista.

As exigências para os próximos anos surgem depois de ter sido possível em 2019, “pela primeira vez nos últimos anos e pela segunda vez neste milénio, que os trabalhadores [do setor] bancário tivessem, genericamente falando, um aumento real das suas remunerações”.

Agora, o sindicato quer continuar a trabalhar sobre outras áreas, tais como a carreira dos trabalhadores do setor bancário e uma “visão de médio e longo prazo para o emprego e qualificação no setor”. Os temas que o sindicato quer tratar são os seguintes:

  • Reforma dos bancários e de “como é que poderemos mitigar de algum modo este brutal fator de substituição, quer para os que já não estão a trabalhar, quer para os que ainda estão no ativo”.
  • Desbloqueamento da carreira.
  • Novas formas de trabalhar, como o trabalho remoto e a coexistência das vidas profissional e a pessoal.

O sindicalista diz na mesma entrevista que desapareceram 12 mil postos de trabalho no setor por causa da crise financeira e argumenta que a penalização do setor em Portugal foi maior que noutros países. “Em termos percentuais há poucos países que tiveram uma redução tão acentuada. Olhando para França e Alemanha, com economias relativamente maduras e sistemas financeiros sofisticados, a perda de emprego foi bastante maior em Portugal”.

 

 

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