BRANDS' TRABALHO Diversidade Cognitiva. Quando ter demasiados cozinheiros na cozinha é bom
A diversidade cognitiva das equipas gera variedade de perspetivas e valor acrescentado na tomada de decisão, como explica Joana Gonçalves Rebelo, EY Manager, People Advisory Services.
Conseguir resultados diferenciados e soluções de valor inovadoras mostra-se um desafio cada vez maior nos dias que correm, em que parece que tudo já foi inventado e visto. A busca de alternativas que saiam fora do padrão usual requer visões e abordagens a problemas sob lupas diferentes e que só por si tragam à luz ideias não exploradas que renovem o status quo. É assim que o conceito de diversidade cognitiva nas equipas ganha relevância e está, cada vez mais, presente na agenda das pessoas das empresas.
Desta forma, quando falamos em diversidade cognitiva referimo-nos à “capacidade do grupo de processar, perceber e interpretar informações e estímulos variados [….] com isso, a diversidade cognitiva da equipa gera uma grande variedade de perspetivas, ideias criativas, uma maior pluralidade de requisitos, melhores alternativas e um valor acrescentado no processo de tomada de decisão” (Mansoor, Ali & Al, 2013).
Construir equipas com diferenças nos seus backgrounds – experiências de vida, crenças pessoais, idade, etnicidade, percursos académicos, género etc. – vai permitir criar equipas cognitivamente diversas. É retirando valor dessas diferenças individuais que vamos conseguir impactar positivamente na resolução de problemas, na ideação, no desenvolvimento de planos estratégicos etc.
O processo de constituição de equipas com diversidade cognitiva começa no recrutamento e na consciencialização de potenciais preconceitos, que possam condicionar uma seleção diferenciada. Importa ir além da diferenciação do género, idade e aprofundar reais experiências de vida, conhecimentos, formas de interpretar informação e gerar ideias de forma a garantir uma multiplicidade de pontos de vista que podem surgir.
Depois de constituídas, as equipas precisam de ser geridas pois o seu potencial só é atingido quando a abundância de ideias é uma fonte de alternativas e de inovação e não uma fonte de conflito e desagregação.
Para melhor gerir equipas com tanta diversidade é necessário, em primeira mão, criar a consciência de como todos são diferentes e valorizar essa diferença. “Se os membros da equipa estiverem abertos aos valores, atitudes, crenças e comportamentos, se se aceitarem uns aos outros, o seu nível de satisfação aumentará. Com o aumento da satisfação eles ficarão motivados e motivarão outros, que em troca aumenta o nível de desempenho dos indivíduos e beneficia as equipes e a organização” (Mansoor, Ali & Al, 2013).
A diversidade cognitiva das equipas traz assim luz a ângulos mortos, já que a lupa que guia cada elemento releva temas e abordagens diferentes. Assim, a título de exemplo de casos improváveis de sucesso, “empresas tecnológicas estão a contratar guionistas, romancistas e poetas de Hollywood para ajudar a criar melhores interfaces de conversação. À medida que a disrupção se torna um elemento base do mundo empresarial, é mais importante do que nunca para as empresas nutrirem a diversidade cognitiva que também acompanha a diversidade profissional.” (Why your diversity and inclusion strategy should consider more than gender and background, EY thought Leadership)
Quão diversas são as suas equipas?
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