Centeno sobre injeções no Novo Banco: “Não é algo que me deixe particularmente feliz”

O ministro das Finanças disse esta segunda-feira que, no ano passado, não houve nenhum pagamento por impostos diferidos ao Novo Banco. Centeno diz que solução para o NB foi a "mais eficaz".

O ministro das Finanças admitiu, esta segunda-feira, que as injeções de capital no Novo Banco não o deixam particularmente feliz, embora considere que a solução encontrada para o banco que resultou do fim do BES foi a “mais eficaz”. Para 2020, está prevista uma nova injeção de 600 milhões de euros, de acordo com o Orçamento do Estado para este ano, que o Governo começou a apresentar no Parlamento esta segunda-feira.

Em resposta a questões colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o governante afirmou que a previsão de injeção de 600 milhões de euros contemplada no OE2020 é a “melhor estimativa” que tem para fazer sobre a injeção de capital, lembrando que é igual à que estava projetada em abril no Programa de Estabilidade e que o Executivo optou por não alterar.

Mário Centeno explicou que, neste momento, estas injeções “vão a défice”, mas que quando as injeções deixarem de ser necessárias “passa a excedente”, já que nessa altura as contas públicas registam apenas as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução.

“Não é algo que me deixe particularmente feliz”, desabafou, acrescentando, porém, que esta foi a “forma mais eficaz” de resolver o problema do Novo Banco, quando, em 2017, foi vendido ao fundo norte-americano Lone Star, tendo o Fundo de Resolução ficado com 25% do capital.

O ministro explicou ainda que os 850 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado são a “dotação contratualizada do financiamento do Fundo de Resolução que limita o empréstimo e que decorre do contrato” da venda da instituição.

Ainda em resposta ao Bloco de Esquerda, o ministro assegurou que “em 2019 não houve nenhum pagamento de DTA (ativos por impostos diferidos na sigla inglesa) ao Novo Banco”.

O ministro das Finanças acrescentou ainda que “para 2020 está previsto um DTA no valor de 130 milhões de euros”.

(Notícia atualizada às 12:22 com mais declarações do ministro das Finanças sobre os DTA)

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