CMVM quer assegurar que a “sustentabilidade evolui de forma credível”

  • ECO
  • 27 Janeiro 2020

A presidente da Euronext acredita que se está a assistir a uma "revolução" na forma como os produtos financeiros são posicionados. Para a CMVM, "supervisores e reguladores" têm responsabilidade.

No dia de lançamento do novo projeto do ECO, Capital Verde, a presidente da Euronext Lisbon falou numa “profunda transformação” na forma como os produtos financeiros estão a ser posicionados, integrando a sustentabilidade. Do lado da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriela Figueiredo Dias defendeu que “supervisores e reguladores” têm uma responsabilidade nessa matéria, de forma a assegurar que a “sustentabilidade evolui de forma credível”.

“Estamos a viver uma profunda transformação, diria até, revolução, na forma como os produtos financeiros estão a ser posicionados. E tudo está a acontecer de forma acelerada”, começou por dizer Isabel Ucha, responsável da Euronext. “Se todos os investidores institucionais estão a integrar a sustentabilidade desta forma e a este ritmo, todos os emitentes e prestadores de serviço vão ter de fazer esse caminho, com algum sentido de urgência“, continuou, acrescentando que “é por uma boa causa”.

Lançamento do Capital Verde, projeto editorial do ECO dedicado à Economia verde e às Finanças sustentáveis - 27JAN20
Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon.Hugo Amaral/ECO

Para a presidente da bolsa de Lisboa, há um “compromisso claro das autoridades” na introdução de medidas que “conduzam o sistema financeiro a uma presença mais intensa” neste projeto da sustentabilidade financeira.

E, para a presidente da CMVM, os supervisores e reguladores, “assumem uma pequena parte da responsabilidade” neste desafio da sustentabilidade. Essa responsabilidade passa por “não permitir que a sustentabilidade evolua como alguma coisa não credível no sistema financeiro”. “E, portanto, enquanto reguladores e supervisores, temos a responsabilidade de assegurar que isto também cresce como alguma coisa credível”.

Gabriela Figueiredo Dias detalhou que essa credibilidade assenta em “informação correta, verdadeira e que reflita, na realidade, aquilo que está a ser feito pelas empresas”. Nesse sentido, a responsável adiantou que a CMVM vai procurar “auxiliar na prestação desta informação”, de forma a que esta seja o menos custosa possível para os emitentes, traduzindo-se em “informação verdadeiramente relevante”.

Lançamento do Capital Verde, projeto editorial do ECO dedicado à Economia verde e às Finanças sustentáveis - 27JAN20
Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM.Hugo Amaral/ECO

A presidente da CMVM revelou ainda que o regulador está atento à intermediação financeira e à gestão de ativos. “É muito importante que os gestores de ativos assumam e integrem esta questão da sustentabilidade nos seus modelos de negócio e nas suas políticas de investimento”, disse. E, para que isto aconteça, novamente aparece o papel importante dos reguladores e supervisores. “Este é um grande desafio. É preciso garantir que esse discurso é acompanhado pela ação”, rematou.

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