BCP castiga bolsa de Lisboa. Banco cai mais de 2%
Banco liderado por Miguel Maya contrariou o sentimento positivo na banca europeia. Após duas sessões em fortes ganhos, ações corrigiram e ditaram a queda da bolsa nacional.
Lisboa contrariou o otimismo que se vive nos principais mercados acionistas europeus. O BCP e a Galp Energia, que tinham protagonizado fortes ganhos nas últimas sessões, corrigiram e levaram o PSI-20 a fecharem no vermelho. O índice de referência nacional perdeu 0,29% para 5.287,35 pontos.
Após duas sessões de ganhos expressivos, o banco liderado por Miguel Maya chegou a negociar acima dos 0,20 euros por ação (o que não acontecia desde 15 de janeiro), mas acabou por fechar a sessão em queda. O BCP caiu 1,96% para 0,1949 euros por ação, numa altura em que a época de resultados tem determinado o sentimento dos investidores sobre o setor.
“O BCP esteve em profundo contraste com o respetivo setor na Europa que esta quinta-feira registou uma valorização em torno dos 2%”, explicam os analistas do BPI, numa nota de fecho da sessão.
O Unicredit disparou 8% após ter anunciado prejuízos inferiores ao esperado e o Deutsche Bank valorizou 12,44% com a entrada de um novo acionista. O Société Générale cortou as metas de lucros para este ano, um dia depois do BNP Paribas ter feito o mesmo e, apesar disso, os dois bancos também somaram mais de 1% cada.
BCP fecha abaixo dos 0,20 euros
Coronavírus continua a marcar sentimento
Tal como o BCP, também a Galp Energia corrigiu, em linha com a desaceleração nos preços do petróleo. A petrolífera portuguesa tombou 1,22% para 13,76 euros, enquanto o Brent de referência europeia desvaloriza 0,71% para 54,89 dólares por barril. O comité técnico da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que se reuniu esta quinta-feira, recomendou um corte na produção de 600 mil barris por dia para combater os efeitos do coronavírus.
Entre as cotadas que penalizaram o índice estiveram ainda a Corticeira Amorim (-1,31%), a Sonae (-1,23%), a Altri (1,04%), os CTT (-0,54%) e a Mota-Engil (-0,29%). Em sentido contrário, a Jerónimo Martins, a Nos e a EDP fecharam no verde, apesar de terem registado ganhos inferiores a 0,5%.
“A principal razão para a queda do mercado português foi a quebra das correlações que habitualmente se observam na bolsa nacional”, referem os analistas do BPI. “Com o atenuar dos receios relativamente ao coronavírus, as atenções dos investidores voltaram-se mais para os resultados empresariais“. Neste cenário, o Stoxx 600 ganhou 0,45%, enquanto o espanhol IBEX 35 subiu 0,87%, o alemão DAX avançou 0,69% e o francês CAC 40 somou 0,88%.
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