FC Porto vence líder Benfica e coloca-se a quatro pontos da frente

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2020

O FC Porto reduziu hoje para quatro pontos a desvantagem para o líder Benfica, ao vencer os campeões em título por 3-2, no Estádio do Dragão, em encontro da 20.ª jornada da I Liga.

O FC Porto reduziu hoje para quatro pontos a desvantagem para o líder Benfica, ao vencer os campeões em título por 3-2, no Estádio do Dragão, em encontro da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Sérgio Oliveira, aos 10 minutos, Alex Telles, aos 38, de penálti, e Rúben Dias, aos 44, na própria baliza, marcaram para os ‘dragões’, que já tinham vencido as ‘águias’ na Luz (2-0), e Vinícius para os ‘encarnados’, aos 18 e 50.

Na classificação, o conjunto de Bruno Lage, que somava 16 triunfos consecutivos na prova e 19 fora, contando os últimos nove de 2018/19, manteve-se com 54 pontos, enquanto os comandados de Sérgio Conceição passaram a somar 50.

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Rio não veta “à partida” Centeno para governador do Banco de Portugal

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2020

Presidente do PSD afirmou que não veta “à partida” o nome de Mário Centeno seja apontado para governador do Banco de Portugal, mas defendeu que a próxima administração “não pode ser monolítica".

O presidente do PSD afirmou este sábado que não veta “à partida” o nome de Mário Centeno caso o ministro das Finanças seja apontado para governador do Banco de Portugal, mas defendeu que a próxima administração “não pode ser monolítica”.

Em entrevista à RTP, no decorrer do 38.º Congresso do PSD, que decorre em Viana do Castelo até domingo, Rui Rio foi questionado se aceitaria o nome de Mário Centeno para liderar o banco central.

Não tenho que aceitar nem deixar de aceitar, o Governo, se quiser, ouve a oposição. Mais importante é a equipa como um todo e penso que é assim que o Governo está a pensar (…) Acho que essa administração do Banco de Portugal não pode ser monolítica, deve ser como neste momento, mais abrangente”, afirmou.

Perante a insistência no nome de Mário Centeno, respondeu: “Não veto à partida, pode haver melhores candidatos, deixe que o Governo na devida altura faça o que entender”.

Na entrevista à RTP, Rio foi também questionado sobre a ideia defendida pelo eurodeputado Paulo Rangel de um referendo sobre a eutanásia, com o presidente do PSD a manifestar-se pessoalmente contra, mas sem excluir totalmente essa hipótese.

“Neste momento está agendado [o debate para 20 de fevereiro], não há nada a fazer, não haverá referendo na próxima semana”, disse, reiterando que haverá liberdade de voto na bancada do PSD na votação das várias iniciativas sobre o tema.

Mesmo com mais tempo, Rio foi cauteloso: “Eu pessoalmente tendo a dizer que não, se o partido entender que esta matéria um dia deverá ser decidida por referendo, também não é antidemocrático”, referiu.

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Jerónimo critica sacrifício de salários e investimento ao “excedente orçamental”

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2020

Jerónimo de Sousa explicou também que o PCP se absteve na votação final global da proposta do Orçamento de Estado 2020 (OE2020) para dar “expressão a um posicionamento político que se distancia".

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou este sábado a “errada opção” do PS, PSD e CDS de preferirem sacrificar propostas e medidas “essenciais” como a melhoria de salários e o investimento público ao objetivo do “excedente orçamental”.

“Muitas outras propostas e medidas essenciais, como a melhoria dos salários ou do investimento público, acabaram sacrificadas ao objetivo de um excedente orçamental, a essa errada opção, partilhada por PS, PSD e CDS”, declarou Jerónimo de Sousa, numa iniciativa sobre “precariedade no trabalho intelectual”, que decorreu hoje à tarde na cidade do Porto.

Jerónimo de Sousa, durante o seu discurso de seis páginas, explicou também que o PCP se absteve na votação final global da proposta do Orçamento de Estado 2020 (OE2020) para dar “expressão a um posicionamento político que se distancia” do OE2020 e das opções do Governo PS nele refletidas.

Um posicionamento que não se confunde com os que procuram branquear a política de direita (e as suas próprias responsabilidades) e animar projetos reacionários. Um posicionamento que afirma a necessidade de uma política alternativa, patriótica, e de esquerda, que vá ao encontro das aspirações dos trabalhadores e do povo português, capaz de assegurar as condições para um desenvolvimento pleno para o país”.

Apesar das inúmeras críticas ao OE2020, Jerónimo de Sousa congratulou pela intervenção do PCP em conseguir o aumento extraordinário de pensões e gratuitidade de creches ou a admissão de 2.500 efetivos para as forças de segurança.

“Graças à persistência e intervenção do PCP e vencendo resistências do PS foi possível aprovar o aumento extraordinário de pensões, a gratuitidade de creches, a criação do Laboratório Nacional do Medicamento, a eliminação das taxas moderadoras nos cuidados primários, a entrega de manuais novos ao primeiro ciclo, a redução de propinas, o reforço de verbas para os transportes públicos, a admissão de 2.500 efetivos para as forças de segurança. (…). São medidas de inegável importância para a vida dos portugueses”, concluiu.

O secretário-geral do PCP frisou, durante o discurso, que apesar do OE2020 ser da “inteira responsabilidade do Governo PS e determinado pelas suas opções”, o PCP não prescindiu de intervir com as suas propostas e medidas de “sentido positivo para dar solução aos problemas do país”.

“O PCP avançou com cerca de 300 propostas de alteração ao OE2020, em sede de especialidade, incidindo nas mais diversas áreas, do trabalho à educação, à saúde, à habitação, à cultura, à fiscalidade, entre outras”, afirmou, acrescentando, por exemplo, que foram garantidas as “propostas de contratação de mais trabalhadores para o SNS”, o “reforço do Programa de Bolsas de Criação Literária com a duplicação de bolsas de estudo” ou a “requalificação de teatros” e “reposicionamento remuneratório dos trabalhadores do Ensino Superior”.

Jerónimo de Sousa discursou durante cerca de uma hora, depois de ter primeiro escutado dezenas de trabalhadores, desde arquitetos, médicos, professores do ensino secundário e superior, jornalistas, advogados, arqueólogos, entre outros, a denunciarem a precariedade que vivem atualmente nas suas profissões.

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Rio anuncia como novos “vices” André Coelho Lima e Isaura Morais

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2020

Rui Rio anunciou hoje que terá dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais.

O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou hoje que terá dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais.

Deixam o cargo de vice-presidentes Elina Fraga e o presidente da Comissão Política Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro.

Mantêm-se como vice-presidentes David Justino, Isabel Meireles, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro.

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Dívida da Zona Euro com juros negativos volta a aumentar. Em Portugal são quase 85 mil milhões

Coronavírus e tensão entre EUA e Irão levaram os investidores a procurarem refúgio na dívida em janeiro. O total de obrigações com juros negativos atingiu o valor mais elevado desde setembro.

O início do ano está a ser de stress nos mercados financeiros. Um surto de coronavírus que já matou mais de cinco centenas de pessoas e ameaça travar a economia, bem como um conflito entre Estados Unidos e Irão que aumentou os receios de uma guerra levou os investidores a fugirem do risco das ações e a procurarem refúgio nas obrigações.

A dívida soberana da Zona Euro com juros negativos disparou em janeiro para o valor mais elevado desde setembro. Dados da Tradeweb citados pela Reuters indicam que o montante de obrigações com yields abaixo de zero aumentou para 5,27 biliões de euros no final de janeiro, aproximadamente 65% do mercado total de 8,09 biliões de euros no mercado da moeda única. A nível global, são quase 13 biliões.

Portugal não foi exceção. Nessa altura, havia 84,8 mil milhões de euros em dívida pública portuguesa com juros negativos, ou seja, todas as obrigações com maturidade até aos sete anos. Este montante representa também cerca de 65% do total das obrigações do Tesouro que negoceiam no mercado — que totaliza os 130.887 milhões de euros –, de acordo com os cálculos do ECO com base em dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

A conjuntura internacional, em especial a política expansionista do Banco Central Europeu a par dos vários fatores de incerteza, têm levado a fortes quebras nas taxas de juro das obrigações da Zona Euro. No último mês, os receios de situações pontuais que afetem a economia global levou a novas quebras.

Obviamente, o coronavírus e a incerteza à sua volta está a ter um impacto no apetite por risco“, disse Marchel Alexandrovich, economista da britânica Jeffries, em declarações à Reuters. “Vamos manter-nos neste estado até que cheguemos à conclusão que o alastrar do vírus atingiu o pico e até que se possa avaliar o impacto que terá para a economia global”.

As bunds alemãs a dez anos, por exemplo, fecharam janeiro nos -0,445% e negoceiam atualmente em -0,37%. Apesar de a dívida portuguesa com essa maturidade não ter juros negativos tem também beneficiado desta quebra (exacerbada pela retoma da confiança de investidores e agências de rating no país), negociando atualmente em 0,3%, acima dos 0,218% em que fechou janeiro.

Nunca o país tinha pago tão pouco para se financiar, sendo que o custo da dívida emitida por Portugal no ano passado custou apenas 1,1%. Quanto ao custo do stock da dívida (incluindo juros das novas emissões e títulos já existentes), ainda não são conhecidos os dados finais de 2019, mas a redução das yields para emitir nova dívida, a par dos reembolsos realizados de dívida emprestada pela troika (que tem juros mais elevados) deverá levar o juro médio do stock da dívida a afundar no total do ano passado.

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Líder do CDS diz que partido não faz fretes a ninguém nem anda às ordens do PSD

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2020

“Se o PSD quer derrubar o Governo, então deve dialogar à séria com o CDS e não encontrar parceiros na extrema-esquerda capazes de ajudar nessa tarefa”, diz Francisco Rodrigues dos Santos.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse, este sábado, que o partido não dá satisfações a ninguém, nem faz fretes, em resposta às críticas do presidente do PSD, Rui Rio.

“O CDS tem órgãos próprios que lideram e não damos satisfações a rigorosamente ninguém”, afirmou, este sábado, o novo líder centrista, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, em Trás-os-Montes, ainda com ecos da contribuição do partido para a viabilização de algumas medidas no Orçamento do Estado do Governo Socialista.

Francisco Rodrigues dos Santos vincou que o CDS não se “rende às exigências da extrema-esquerda” e que vê no PSD um parceiro para uma maioria governativa alternativa, mas exige ser tratado “enquanto tal”. Por isso, avisou mesmo que o partido que lidera não anda “às ordens do PSD”.

“Se o PSD quer derrubar o Governo, então deve dialogar à séria com o CDS e não encontrar parceiros na extrema-esquerda capazes de ajudar nessa tarefa”, sustentou, acrescentando que “da parte do CDS não há dificuldade nenhuma no diálogo”.

O presidente do partido reafirmou que “o CDS foi fiel à sua estratégia política e à posição inicial que sempre manifestou, não andou aos zigues-zagues, às arrecuas, nem a jogos de sombras”. “Fomos absolutamente transparentes e previsíveis, portanto estamos focados em virar esta página e apresentar uma maioria de centro-direita capaz de dar ao país as reformas de que Portugal precisa”, declarou.

O líder do CDS lembrou que foi ignorado o apelo do partido para um entendimento a três (PSD, PS E CDS) para que fosse possível e viável descer o IVA da eletricidade. “O que aconteceu foi que em vez de se procurar acautelar com compensações e contrapartidas orçamentais a descida do IVA, acabou-se por se ficar absolutamente refém dos partidos da extrema esquerda, por isso a medida mostrou-se absolutamente insustentável do ponto de vista orçamental”, recordou.

O CDS, justificou, “achou que a viabilização desta medida teria a longo, curto e médio prazo graves prejuízos para os portugueses porque que quando existe uma desregulação do ponto de vista do orçamento é sempre ao bolso dos portugueses que os governos vão para tentar sanar as contas públicas”.

“O CDS não fez nenhum frete ao Governo, de maneira nenhuma, nós somos oposição ao Partido Socialista, mas não somos oposição ao nosso país. Quisemos ter uma postura coerente, previsível e segura do início ao fim, fomos o único partido que nunca mudou o sentido de voto”, reiterou.

Francisco Rodrigues dos Santos vincou ainda que o CDS “comunicou esta posição ao Governo e não negociou qualquer tipo de dividendos políticos por ter mantido esta sua posição de forma coerente do início ao final do processo”.

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“Há demasiado fanatismo”, diz Montenegro e apela à tolerância e paz no PSD

Montenegro defendeu a paz e a tolerância no seio do PSD contra a "crispação e agressividade verbal" atuais. A António Costa deixou um recado: PSD não será tábua de salvação, se geringonça ruir.

Era uma das intervenções mais aguardadas deste Congresso do PSD. Luís Montenegro subiu, este sábado, ao púlpito em Viana do Castelo e apelou à tolerância e à paz no seio do partido. “Há demasiada crispação e demasiada agressividade verbal. Há demasiado fanatismo até“, afirmou o social-democrata que foi candidato contra Rui Rio.

“Disse na noite das eleições que o PSD precisa de paz e de unidade e precisa mesmo; E todos temos de contribuir para isso”, sublinhou. Para Luís Montenegro, há demasiada “crispação” no partido laranja, pelo que é preciso mais tolerância, “debate aberto” e “mais liberdade”, diminuindo-se até “seguidismos de fação”.

A primeira intervenção deste congresso esteve a cargo de Rio, que trouxe uma mensagem semelhante, defendendo que o país precisa de um PSD “mais unido”. “Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido, e acima de tudo verdadeiramente comprometido com a resolução dos reais problemas dos portugueses”, disse.

“Se a geringonça ruir, o PSD não vai ser a tábua de salvação de António Costa”

Este sábado, Luís Montenegro fez questão, além disso, de deixar duras críticas ao Governo de António Costa, dizendo que os serviços de Saúde “estão caóticos” em resultado do “complexo ideológico da esquerda”, que os transportes enfrentam tempos difíceis e que o país continua sem conseguir atrair e reter os seus quadros mais qualificados.

Luís Montenegro salientou também que o PSD precisa de ser “a voz” não só de quem votou neste partido, mas também daqueles que não votaram ou dos que votaram no PS mas que estão agora desiludidos. E deixou claro que, “se a geringonça ruir, o PSD não vai ser a tábua de salvação de António Costa”.

“Se antes de 2023 António Costa e o PS não asseguraram governabilidade à esquerda, só há um caminho: António Costa demitir-se e ir embora à sua vida”, defendeu. Montenegro afirmou ainda que o PSD tem sido chamado a corrigir os erros de governação dos socialistas, mas não é o partido da troika e tem mesmo de aspirar a governar durante os tempos de normalidade.

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Nuno Morais Sarmento: “Governos à esquerda levam inevitavelmente à queda dos serviços públicos”

"O espaço natural de entendimento do PSD são os partidos da direita democrática, antes o CDS, agora os novos partidos", afirmou Nuno Morais Sarmento, deixando duras críticas ao Governo de Costa.

O vice-presidente de Rui Rio escolheu usar a sua intervenção no 38.º Congresso do partido para atacar o Executivo de António Costa e deixar claro que recusa frontalmente qualquer bloco central como maioria de Governo. “O espaço natural de entendimento do PSD são os partidos da direita democrática“, sublinhou Nuno Morais Sarmento, incluindo os novos partidos com assento parlamentar.

“O Governo fala do amor que tem ao Estado social e as esquerdas fingem que os portugueses não estão a ficar sem acesso à Saúde ou a uma Educação de qualidade. O Governo fala de investimento público e os seus parceiros fingem que há obra feita. É um Governo que finge governar e são resultados que os seus aliados — o PCP e o BE — fingem acreditar“, atirou o social-democrata, este sábado.

Nuno Morais Sarmento defendeu, ainda, que os Governos à esquerda “levam inevitavelmente à queda dos serviços públicos”, dando o exemplo o fim das PPP na Saúde “por cegueira ideológica”. “Numa palavra: é o bem-estar dos portugueses que é sacrificado no altar das ideologias”, afirmou.

O vice-presidente dos laranjas dedicou ainda uns momentos à carga fiscal, frisando que para o Executivo socialista “tudo o que mexe deve ser taxado”. “Ter mais dinheiro e ser um Governo ainda pior que o do engenheiro José Sócrates é talvez, por isso, o maior feito do Governo de António Costa”, enfatizou.

Sobre o futuro do PSD, o social-democrata defendeu que o “espaço natural de entendimentos” do partido é à direita, “antes o CDS-PP, agora os novos partidos”, recusando frontalmente “qualquer bloco central”. Morais Sarmento terminou a sua intervenção com a perspetiva de que este Executivo será para dois anos e que vêm aí eleições legislativas antecipadas.

A primeira intervenção deste congresso esteve a cargo de Rio, que salientou que o país precisa de um PSD “mais unido”. “Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido, e acima de tudo verdadeiramente comprometido com a resolução dos reais problemas dos portugueses”, disse.

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Hugo Soares: “É hora de deixarmos de ser socialistas de segunda”

"É hora de deixarmos de ser socialistas de segunda. Nós não somos socialistas. Nós somos social-democratas", disse Hugo Soares, este sábado, sendo recebido com assobios por parte dos congressistas.

Hugo Soares subiu ao púlpito do congresso do PSD para deixar claro: “É hora de deixarmos de ser socialistas de segunda. Nós não somos socialistas. Nós somos sociais-democratas”. A intervenção — transmitida pela RTP 3 — foi recebida com assobios por parte dos congressistas e ficou marcada pelo apelo deixado a Rui Rio de que faça de António Costa o seu “verdadeiro adversário”.

Hugo Soares falava durante o 38.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Viana do Castelo. O antigo líder parlamentar da bancada laranja e um dos “homens fortes” de Luís Montenegro começou por sugerir que o PSD proponha ao PS “uma revisão constitucional para refundar o sistema político”, consagrando o princípio da solidariedade intergeracional e aprofundando “o princípio da defesa do meio ambiente”. “Verão que naquilo que é essencial o Partido Socialista dirá que não, porque está agrilhoado ao Bloco de Esquerda e ao PCP“, atirou, logo de seguida.

Entre assobios, Soares ainda sublinhou: “É hora de deixarmos de ser socialistas de segunda. Nós não somos socialistas. Nós somos social-democratas”. E terminou com um apelo a que o presidente do partido, Rui Rio, “transforme António Costa no seu verdadeiro adversário”.

A primeira intervenção deste congresso esteve a cargo de Rio, que salientou que o país precisa de um PSD “mais unido”. “Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido, e acima de tudo verdadeiramente comprometido com a resolução dos reais problemas dos portugueses”, disse.

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📹 O que é um deputado não inscrito? Perguntou ao Google, nós respondemos

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2020

Legislatura começou em outubro, mas houve alterações no Parlamento. Joacine Katar Moreira foi eleita pelo Livre mas incompatibilizou-se com a direção do partido. É deputada não inscrita. Sabe o que é?

A legislatura começou em outubro. Tomaram posse 230 deputados, mas rapidamente houve substituições com alguns a entrarem para o Governo de António Costa. Mas não foram as únicas. A mais recente não aconteceu na bancada do PS, mas sim no Livre. Joacine Katar Moreira foi eleita pelo partido de Rui Tavares, mas incompatibilizou-se com a direção. É, agora, deputada não inscrita. Mas, afinal o que é isso?

http://videos.sapo.pt/5UUAmWPL4sR8EeOAak3R

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Surto de coronavírus está a pressionar mercado de luxo, diz Burberry

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2020

Das 64 lojas que tem na China, a Burberry já fechou 24. Os estabelecimentos que se mantêm em funcionamento têm, de resto, horários reduzidos face à queda do número de clientes.

O recente surto de coronavírus está a ter um impacto devastador no mercado dos bens de luxo, garante a britânica Burberry, citada pelo The Guardian. A marca já fechou 24 das 64 lojas que tem na China e restringiu os horários de funcionamento dos estabelecimentos que mantém em funcionamento, face à queda de 80% do número de consumidores.

O surto de coronavírus na China está a ter um impacto negativo na procura por bens de luxo“, garante o CEO da Burberry, Marco Gobetti. A marca avança, ainda, que esta epidemia está a ter um efeito mais significativo do que os protestos registados no ano passado em Hong Kong e que levaram, na altura, a britânica a encerrar algumas das suas lojas, cortando em metade as vendas contabilizadas.

Nessa ocasião, o recuo do número de clientes estava relacionado com a queda do número de turistas chineses de visita a Hong King. Desta vez, esse emagrecimento das vendas tem sido registado sobretudo no que diz respeito ao consumo doméstico.

O surto de coronavírus está a afetar, de resto, muitas outras marcas com presença na China, em múltiplos setores. Na tecnologia, por exemplo, a Apple decidiu manter as suas lojas fechadas por mais alguns dias, face ao agravamento da epidemia em causa.

Na semana passada, a empresa liderada por Tim Cook tinha anunciado o encerramento de 42 lojas em território chinês até 10 de fevereiro, mas agora adiou a data da reabertura para 15 de fevereiro, avança a Bloomberg. A Apple também fechou as portas dos escritórios que mantém na China, mas planeia reabri-las no início da próxima semana.

Até ao momento, o coronavírus já matou 636 pessoas, estando mais de 31 mil pessoas infetadas. O surto começou na cidade chinesa de Wuhan — região que entretanto já foi colocada sob quarentena — mas tem chegado rapidamente a outras regiões do planeta. A 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde declarou mesmo situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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Adão Silva disponível para liderar bancada parlamentar do PSD

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2020

Adão Silva diz que a sua candidatura à liderança da bancada parlamentar não está, neste momento, em cima da mesa, mas mostra-se disponível para avançar, se Rio renunciar a mandato.

O deputado social-democrata Adão Silva mostrou-se, este sábado, disponível para liderar a bancada parlamentar do PSD, embora admitindo que os seus pares também deverão estar.

À chegada para o 38.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Viana do Castelo, o social-democrata sublinhou, contudo, que, neste momento, a sua candidatura à liderança parlamentar não está em cima da mesa.

Para o deputado, o tema da sucessão na bancada parlamentar só se porá quando o presidente do partido, Rui Rio, e também presidente da bancada parlamentar do PSD, renunciar ao seu mandato. “Aí obviamente iremos lançar o processo”, concluiu.

Questionado pelos jornalistas sobre se Rui Rio desenterrou o “machado de guerra”, Adão Silva que na sexta-feira foi apontado por Hugo Soares como um bom líder da bancada parlamentar, admitiu que há sempre quem queira desviar atenção da questão essencial que é que “Portugal pode contar com o PSD, porque o PSD é sobretudo um instrumento ao serviço do futuro dos portugueses”.

“Como é que era possível Rui Rio estar a desenterrar um machado de guerra depois da brilhante e reiterada vitória que teve. Era realmente um ato inútil”, afirmou, sublinhando que o que é importante é que o PSD não se perca em “querelas de geometria política e ideológica, que o PSD se una todo em torno daquilo que é o seu desígnio ao serviço de Portugal”, disse.

O social-democrata, sublinhou, no entanto, que haverá aqueles que quererão que “algumas questões mais secundárias, algumas minudências, sejam postas como questões essenciais”. “Perdem tempo, perdem tempo sobretudo porque o povo social-democrata, os milhares militantes do PSD disseram reiteradamente que o PSD vai ser dirigido, e bem, vai ser presidido, e bem, por Rui Rio nos próximos anos”, acrescentou.

Adão Silva disse ainda não temer que os críticos possam voltar a fazer-se ouvir neste congresso, afirmando que “um militante do PSD nunca teme a liberdade”.

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