Companhias aéreas europeias com quedas até 20% com bloqueio de Trump

A suspensão das entradas de viajantes europeus nos EUA está a afundar as ações das companhias aéreas europeias. Uma parte significativa das receitas assenta nas ligações transatlânticas.

Os EUA suspenderam todas as entradas no país de viajantes oriundos da Europa, uma decisão que deverá vigorar por um mês. Em plena pandemia do coronavírus, a medida de Donald Trump está a fazer precipitar as ações das companhias aéreas, que já estiveram a cair até 20%, confrontadas com mais esta leva de restrições às deslocações.

O Stoxx Europe 600 Travel & Leisure, que acompanha o desempenho de 17 ações ligadas ao setor das viagens e lazer, afunda 9,40% com a queda acentuada do preço dos títulos das principais companhias aéreas da Europa.

A Lufthansa já esteve a cair 10% em Frankfurt. As ações do grupo alemão desvalorizam agora 8,64%, para 9,31 euros, uma queda superior a 39% face ao último pico, de 15,40 euros, alcançado a 19 de fevereiro, na semana antes do início da derrocada nos mercados de capitais em todo o mundo.

O sentimento negativo é transversal a todo o setor da aviação civil, com a Air France a perder 14,72%, para 4,16 euros. As duas principais low-costs, Ryanair e easyJet, recuam 7,53% e 7,14%, respetivamente, para 10,31 euros e 858,95 pence. Já o grupo ICA, dono da Iberia, regista uma perda de 9,60%, para 353,69 pence.

À Reuters, o analista Neil Glynn, do Credit Suisse, explicou que a rotas transatlânticas são “o principal motor de crescimento” das companhias aéreas europeias. Cerca de 20% a 30% das receitas advêm deste tipo de ligações, pelo que os investidores anteveem um impacto significativo destas medidas de contenção do vírus nas próximas semanas e, potencialmente, prolongando-se mesmo durante o verão.

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