Mais de metade das empresas quer voltar ao trabalho este mês
55% das empresas tenciona retomar a atividade, total ou parcial, ainda este mês. Cerca de 25% prevê recomeçar apenas no verão, mas 10% estima que esta retoma só aconteça em setembro.
Com o país em desconfinamento, 55% das empresas afetadas pela pandemia do Covid-19 prevê estar a laborar ainda este mês, em pleno ou, pelo menos, parcialmente, enquanto 16% das empresas inquiridas tenciona retomar a atividade em junho, 7% em julho, 2% em agosto. Por outro lado, 10% das empresas estima que este recomeço só aconteça em setembro, revela o inquérito realizado pela Associação Empresarial de Portugal (AEP).
Redução de encomendas (91%), problemas de tesouraria (82%) e disponibilidade de equipamento de proteção individual (72%) são as principais dificuldades das empresas inquiridas em relação à retoma da atividade.
Quase dois terços das empresas (63%) referem estar restringidas (total ou parcialmente) no prosseguimento da sua atividade em resultado do estado de emergência. Já 37% das empresas revela não ter restrições na atividade.
É nas microempresas onde se verifica uma maior percentagem de empresas com restrições à sua atividade, em resultado do estado de emergência. Em termos setoriais, existe uma maior restrição nas atividades do comércio (79% das empresas referem uma paragem parcialmente ou total).
Esta retoma da atividade económica exige medidas apertadas no que respeita às condições sanitárias, e cerca de metade das empresas (46%) admite alguma dificuldade em conseguir assegurar as condições necessários para não colocar em risco as pessoas envolvidas na atividade (trabalhadores, clientes, fornecedores). Contrariamente a 54% das empresas que admite não ter dificuldades a este nível.
49% aderiu ao lay-off simplificado
Cerca de 100 mil empresas já pediram à Segurança Social para aderir ao lay-off simplificado. Nesta amostra de 190 empresas, 49% admitiu que já recorreu ou pretende recorrer ao lay-off simplificado. Neste universo, 49% aderiu ao diferimento de impostos e contribuições, 47% já aderiu a linhas de crédito com garantia mutua e 46% à moratória de crédito.
Em relação às medidas anunciadas pelo Governo, 47% aponta o prazo demorado como um dos principais problemas, seguido da instabilidade legislativa (36%), montante insuficiente (32%) e complexidade no processo (31%).
Na ótica do empresários existe necessidade de desburocratizar, de baixar impostos e regularizar as dívidas ao Estado.
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