EUA querem pressionar empresas para fora da China
Tanto republicanos como democratas estão a preparar propostas por forma a pressionar as empresas norte-americanas a moverem as suas operações ou fornecedores importantes para fora da China.
As autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) estão a preparar propostas, por forma a pressionar as empresas norte-americanas a moverem as suas operações ou fornecedores importantes para fora da China, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
De acordo com fontes governamentais consultadas pela agência referida, em cima da mesa estarão incentivos fiscais, novas regras e subsídios cuidadosamente estruturados. Estas medidas incluem um fundo destinado a estimular a transferência das fábricas para os Estados Unidos, na ordem dos 25 mil milhões de dólares (cerca de 23,1 mil milhões de euros à taxa de cambio atual).
A ideia surgiu face às preocupações relacionadas com a dependência das cadeias de produtos médicos e alimentares dos EUA com Pequim. Na passada quinta-feira, o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que dava novos poderes a uma agência de investimento estrangeira dos EUA para ajudar os fabricantes norte-americanos. O objetivo, segundo Donald Trump é “produzir tudo o que a América precisa e depois exportar para o mundo, e isso inclui medicamentos”.
Nesse sentido, tanto republicanos como democratas estão a preparar projetos-lei para diminuir a dependência dos EUA de produtos fabricados na China, que representaram cerca de 18% das importações totais no país em 2019. “O coronavírus tem sido um sinal doloroso de que dependemos demais de nações como a China para produtos médicos críticos”, apontou a senadora norte-americana Lindsey Graham, em comunicado divulgado na sexta-feira.
Além disso, o senador republicado Josh Hawley está também a pressionar para que sejam criados “generosos subsídios ao investimento” para incentivar o aumento da produção doméstica de uma variedade de bens e componentes.
Apesar de o agudizar de tensões entre a China e os EUA, os dois países reafirmam-se empenhados na adesão ao acordo comercial, dissipando os temores de que a agressiva retórica em torno da pandemia do novo coronavírus pudesse minar as negociações.
Já relativamente às restrições impostas pelos EUA nos negócios com a Huawei, o ministério do Comércio da China disse que “vai tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar, de forma determinada, os direitos e os interesses legítimos das empresas chinesas”.
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