Centeno nomeia equipa que fiscaliza o Banco de Portugal

  • ECO
  • 17 Junho 2020

Ex-ministro das Finanças elegeu os membros para conselho de auditoria cuja missão é avaliar o trabalho do governador de Portugal, que poderá ser Centeno. Em causa pode estar um conflito de interesses.

O ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, escolheu os nomes do conselho de auditoria que tem como missão avaliar o trabalho do governador do Banco de Portugal, avançou o Público (acesso condicionado).

Este conselho integra três membros todos eles designados por Centeno: Nuno Fernandes como presidente, Óscar Figueiredo e Margarida Vieira de Abreu. Se Mário Centeno for o próximo governador do Banco de Portugal, este conselho de auditoria irá controlar o trabalho de quem o nomeou, o que pode representar um conflito de interesses.

Já para o conselho consultivo, o ex ministro das Finanças nomeou quatro elementos: Francisco Louça, Luís Nazaré, Murteira Nabo e João Talone. Uma decisão que também pode representar conflito de interesses, embora seja uma estrutura sem poder efetivo, que se reúne apenas pontualmente.

O PAN não concorda com a transição de Mário Centeno para o Banco de Portugal e já avançou com uma proposta de lei para impedir os ministros das Finanças de transitarem automaticamente para governadores do Banco de Portugal. “Mário Centeno não pode ir para o Banco de Portugal porque este seu salto direto da pasta das Finanças iria politizar uma instituição que se quer técnica e a sua independência face ao poder político”, sublinhou André Silva.

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