Aésio unifica três mútuas para unir-se à Macif e gerar gigante em França
A entidade que nasce da união Macif-Aésio Mutuelle, em 2021, terá um volume de negócios de 8 mil milhões de euros e um rácio de solvência a rondar 269%, cobrindo oito milhões de associados em seguros.
O projeto de criação de um novo modelo mutualista no setor de seguros e previdência em França deu um passo decisivo na semana passada, com mais de 650 delegados das mútuas Adréa, Apréva e Eovi-mcd, que agora formam o grupo Aésio, a votarem favoravelmente o ambicioso projeto de consolidação.
A votação eletrónica (por causa da covid-19), registada em assembleias-gerais separadas, mobilizou perto de 90% de associados representados e aprovou simultaneamente a criação de uma mútua única (Aésio Mutuelle, através da integração das três na Aésio), e o projeto de criação de um grupo diversificado, com a Macif.
Para que o projeto fique assegurado e veja a luz do dia a 1 de janeiro de 2021 falta apenas uma AG da Macif, a aprovar a fusão (espera-se que no final do período de férias), e a autorização da autoridade de francesa de controlo prudencial e resolução (ACPR).
Perspetivando que não surjam obstáculos inesperados, a 1 de janeiro de 2021, a Aésio Mutuelle, estará plenamente operacional graças à fusão das três mútuas, e na mesma data, emerge o líder mutualista conjunto Macif-Aésio a gerir cerca de oito milhões de clientes (2,7 milhões do grupo Aèsio e os restantes 5,2 milhões da Macif) com coberturas nas áreas de saúde, seguros previdência e poupança, seguros de propriedade e de acidentes.
O projeto de união para o novo modelo de mutualismo segurador em França começou a desenhar-se em dezembro de 2018 com uma estrutura de previdência conjunta (Prévoyance Aésio Macif). No entanto, o pacto de fusão só foi lançado, formalmente, em fevereiro de 2020, com a assinatura do acordo que agora está definitivamente em marcha e previsto para ser concluído em janeiro de 2021.
Números divulgados pela Macif, em 2018, indicam que a entidade resultante do projetado agrupamento de mútuas será o primeiro do ranking automóvel, em França (por número de contratos); 1º em previdência acidentes; 2º em saúde individual e coletiva e 5º maior do setor seguro habitação.
Em meados de março, de acordo com o portal Argus de l’Assurance, as autoridades francesas deram luz verde ao projeto. A operação proposta entre os grupos Macif e Aésio, de acordo com o pacto assinado em fevereiro para a criação de um gigante mutualista multimarcas, não levantou problemas em matéria de concorrência.
O protocolo assinado em fevereiro estabeleceu o princípio de uma representação equilibrada na governação do futuro grupo para assegurar uma gestão uniforme das linhas de negócio. O pacto prevê a que nova estrutura funcione em torno de uma sociedade comum (SGAM – Société de Groupe d’Assurance Mutuelle) que adotará nova identidade no início de 2021. A futura SGAM será responsável pela definição da estratégia, gestão e controlo de todas as companhias que ficam sob gestão da entidade emergente.
Após a conclusão do processo, cada uma das companhias mútuas de seguros dos dois grupos continuará responsável pelas relações com os clientes- associados sob a sua própria marca.
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