Tabaqueira aposta no IQOS. “Futuro passará por alternativas menos nocivas”

200 mil portugueses trocaram cigarros tradicionais por tabaco aquecido. Grupo quer alcançar um futuro sem fumo que passa pela substituição dos cigarros convencionais por alternativas menos nocivas.

Os hábitos de consumo dos fumadores estão a alterar-se, com a combustão a poder passar, num futuro próximo, a fazer parte do passado. No mundo, existem já 7,3 milhões de consumidores de tabaco aquecido e 200 mil em Portugal, sendo esta uma tendência que, diz a Tabaqueira, deverá continuar a acelerar. “O futuro passará por alternativas menos nocivas”, refere Rui Minhós, salientando que um dos objetivos do grupo é converter todas as fábricas em produtos alternativos, como o tabaco aquecido.

“A empresa está num processo de transformação. A visão do grupo Philip Morris é alcançar um futuro sem fumo que passa pela substituição dos cigarros, que por via da combustão é uma das formas mais nocivas de consumir nicotina, por alternativas menos nocivas”, explica ao ECO, Rui Minhós, administrador da Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International em Portugal.

O administrador destaca que o consumo tradicional de tabaco tem vindo a sofrer uma ligeira quebra ao longo dos anos, o que na sua ótica “realça ainda mais o nosso propósito que é tentar substituir os cigarros por estas alternativas menos nocivas”. “Acredito que o consumo de cigarros convencionais poderá terminar em muitos países nos próximos 10 a 15 anos”, realça.

A Agência Americana para a Segurança Alimentar e para o Medicamento, a Food and Drug Administration (FDA, siga em inglês), autorizou recentemente a comercialização do IQOS, sistema de aquecimento de tabaco da Philip Morris International. Um passo decisivo para a empresa neste processo de de mudança de paradigma do negócio.

A visão do grupo Philip Morris é alcançar um futuro sem fumo que passa pela substituição dos cigarros tradicionais por alternativas menos nocivas”

Rui Minhós

Administrador da Tabaqueira

“A decisão da FDA é um marco histórico para a Saúde Pública. Para nós, esta autorização é muito importante. É o primeiro e único sistema eletrónico de tabaco a receber uma autorização de comercialização deste tipo de tabaco“, refere com orgulho o administrador da Tabaqueira.

Portugal foi o quarto país no mundo a iniciar a comercialização de IQOS. Atualmente, as vendas de tabaco aquecido representam já quase 20% das receitas do grupo e mantiveram-se estáveis durante o período de confinamento. O administrador da Tabaqueira explica ao ECO as vantagens deste tipo de cigarro. “Estudos científicos demonstraram que a substituição completa dos cigarros convencionais pelo sistema IQOS reduz significativamente a exposição do organismo a constituintes químicos nocivos ou potencialmente nocivos”, conta Rui Minhós.

Objetivo do grupo é converter todas as fábricas em alternativas menos nocivas

O ano passado saíram das fábricas do grupo 26 mil milhões de cigarros, sendo que 82% foi para exportação. Apesar de representar ainda 20% do volume de negócios, o grupo acredita que o tabaco aquecido será o futuro e as apostas vão nesse sentido. “Desde o início desta fase de transformação o grupo Philip Morris investiu mais 6,3 mil milhões de euros em I&D destas alternativas menos nocivas e na conversão das fábricas e toda a cadeia de valor”, refere Rui Minhós.

De acordo com o administrador, é um objetivo do grupo Philip Morris converter no futuro todas as suas fábricas de produtos convencionais em produtos alternativos, como é o caso do tabaco aquecido. “É expectável em alguns mercados deixar a comercialização de cigarros tradicionais num horizonte de 10 a 15 anos, incluindo Portugal”.

O administrador da Tabaqueira esclarece que esta conversão vai depender muito da procura por este tipo de produtos. “Na Europa já houve fábricas convertidas em que deixamos de fabricar cigarros tradicionais e só produzimos atualmente tabaco aquecido”. Rui Minhós exemplifica: “Nós construímos um fabrica de raiz em Bolonha para produção de tabaco aquecido. Custou cerca de 500 milhões de euros”.

Foi em Lisboa, no concelho de Sintra, que nasceu a primeira fábrica da Tabaqueira. Hoje é um dos principais centros de produção da Philip Morris International na União Europeia. Em relação a esta fábrica, Rui Minhós destaca que “no futuro é expectável uma conversão total e que será uma questão de tempo para a fábrica ser convertida”.

“O futuro da Tabaqueira passará sempre por alternativas inovadoras, tecnológicas, menos nocivas relativas ao consumo de tabaco, mas poderá também surgir outras áreas interessantes na área das ciências da saúde que não se restringem apenas o consumo de tabaco”, concluiu administrador da Tabaqueira que conta com um volume de negócios superior a 600 milhões de euros.

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