Mais de mil lisboetas pediram “cheques” para comprar bicicletas. Câmara já pagou 780
Dados cedidos ao ECO pela CML revelam que já foram efetuadas 1.135 candidaturas pelos lisboetas para a compra de bicicletas, sendo que 780 pedidos foram aceites. As tradicionais são as preferidas.
A Câmara de Lisboa já registou pedidos de mais de 1.100 “cheques” para apoiar a compra de bicicletas. A autarquia já entregou 780, sendo que a maioria destes destina-se a ajudar na aquisição de “duas rodas” tradicionais, sendo que as elétricas surgem logo a seguir. Ainda há dinheiro para mais bicicletas, mas a procura está a acelerar.
Tanto na Europa como por cá, as bicicletas ganharam protagonismo nos últimos meses, seja por lazer ou como meio de deslocação. Certo é que há cada vez mais portugueses a optarem por este meio de transporte sustentável, num país que produz muitas bicicletas. A ajudar ao “boom” estão também os vários incentivos criados quer pelo Estado, como o Fundo Ambiental, quer pelas autarquias.
Se no Fundo Ambiental a elevada procura fez desaparecer os 1.000 “cheques” disponíveis para as bicicletas elétricas, no caso do programa de apoio lançado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), cujos reembolsos arrancaram a 3 de agosto — para aquisições de bicicletas efetuadas a partir do dia 3 de junho de 2020, em loja física situada no concelho de Lisboa –, ainda há bicicletas para “todos os gostos”. Mas a procura está a disparar.
Nos primeiros 10 dias em que começaram a ser distribuídos os “cheques” apenas tinham sido aceites 50 candidaturas — cada beneficiário apenas pode efetuar um pedido. Contudo, nas últimas semanas, tanto os pedidos como as liquidações dispararam. Dados cedidos ao ECO pela CML revelam que até esta segunda-feira tinham sido efetuadas 1.135 candidaturas pelos munícipes, sendo que a autarquia liderada por Fernando Medina já liquidou 780 pedidos, tendo indeferido 50.
Os pedidos de apoios para a compra de bicicletas convencionais — aquelas que não recorrem a qualquer bateria –– são os mais requisitados na categoria das “duas rodas”. Com uma dotação de 1.500.000 euros, registam-se 632 pedidos, tendo sido aprovados 416 e excluídos 27.
No caso das “duas rodas” tradicionais, o apoio corresponde a 50% do valor da aquisição, até um máximo de 100 euros. Segundo o município, estão legíveis para este apoio, os residentes no concelho de Lisboa, estudantes (do 1.º ciclo ao ensino superior), bem como “os trabalhadores com local de trabalho habitual no concelho de Lisboa”.
Estes números de pedidos de apoio para as bicicletas ditas “tradicionais”, ou seja, aquelas em que não há bateria para ajudar nas subidas, comparam ainda com os pedidos relativos às bicicletas elétricas. Ainda que com um “orçamento” menor (um milhão de euros) esta categoria é considerada também bastante atrativa para os lisboetas. Foram registados 495 pedidos, sendo que 357 tiveram “luz verde” da CML e 22 foram indeferidos. Tal como acontece nas bicicletas convencionais, nas elétricas também é atribuída uma compensação financeira de 50% do valor da bicicleta, mas até ao “teto” máximo de 350 euros.
Enquanto as bicicletas “normais” e as elétricas registam uma elevada procura, nas de carga e adaptadas o panorama é completamente diferente. Até agora, foram efetuadas apenas oito candidaturas para as bicicletas de carga, tendo sido aprovadas sete. Neste caso, os compradores são reembolsados com 50% do valor do equipamento, até ao máximo de 500 euros. Ou seja é preciso que a bicicleta custe 1.000 euros para se obter o apoio máximo. Quanto às bicicletas adaptadas, não foi efetuado nenhum pedido.
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