Ferraz da Costa quer estrutura independente para controlar milhões de Bruxelas
Líder do Fórum para a Competitividade espera que Governo anuncie "a criação de uma estrutura qualquer de ‘governance’" para controlar os milhões de Bruxelas.
Pedro Ferraz da Costa defende a criação de uma estrutura com representantes dos partidos com assento parlamentar para controlar a aplicação do dinheiro que Portugal receberá no âmbito Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia.
“Tenho estado à espera de que o governo anuncie a criação de uma estrutura qualquer de ‘governance’ para a administração desse dinheiro”, diz o líder do Fórum para a Competitividade em entrevista à Lusa.
A criação desta estrutura é “fundamental”, sublinha o mesmo responsável, defendendo ainda que “os partidos com assento na Assembleia da República deviam estar representados” nessa mesma estrutura.
Para Ferraz da Costa a informação que viesse a ser prestada a esta estrutura de ‘governance’ devia ser “pública e devia estar à disposição da comunicação social” para que pudesse haver o “escrutínio das opções, de como é que foi feito e de quanto custou”.
No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia Portugal irá receber, como subvenções diretas, 15,3 mil milhões de euros, tendo o Governo já dito que enquanto a situação financeira do país não o permitir, apenas irá aproveitar estas verbas e que irá prescindir das verbas existentes no Fundo, mas apenas acessíveis através de empréstimos aos estados-membros.
A importância deste controlo é ainda mais fundamental, segundo o presidente do Fórum para a Competitividade, por Portugal aparecer mal classificado em termos de corrupção nos relatórios europeus.
“Não é com certeza por acaso que nós no último relatório da União Europeia sobre a corrupção aparecemos muito mal”, salienta.
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