Ambientalistas pedem fim de esquentadores a gás após 2025

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Acabar com esquentadores e caldeiras que usam diesel, carvão ou gás natural para funcionar pode “evitar a emissão anual de cerca de 110 milhões de toneladas” de dióxido de carbono.

Uma coligação de associações ambientalistas pediu o fim dos esquentadores e caldeiras que funcionam com combustíveis fósseis até 2025, afirmando que isso será determinante para conseguir a neutralidade carbónica até 2050.

Num estudo divulgado hoje pela coligação Coolproducts, a que pertencem as portuguesas Quercus e ZERO, indica-se que acabar com esquentadores e caldeiras que usam diesel, carvão ou gás natural para funcionar pode “evitar a emissão anual de cerca de 110 milhões de toneladas” de dióxido de carbono.

A Quercus assinala que “este valor representa dois terços das emissões que é necessário reduzir” nos edifícios públicos e residenciais” para conseguir a neutralidade carbónica até 2050 e “equivale a cerca de 1,5 vezes o total de emissões anuais de Portugal em 2018”.

“Se continuarmos a instalar esquentadores ou caldeiras a combustível fóssil após 2025, a Europa não atingirá a neutralidade em 2050”, diz por seu lado a ZERO, que pede ao Governo português para “apontar claramente para uma retirada progressiva destes equipamentos do mercado ao longo dos próximos cinco anos”.

A ZERO destaca que “28% da energia total consumida na União Europeia é utilizada no aquecimento do ar e da água”.

A Quercus assinala que há várias alternativas de aquecimento, como “as bombas de calor, a energia solar térmica ou as caldeiras híbridas”, considerando que é nestas que se deve investir.

A ZERO olha também para os “milhares de milhões de euros que a União Europeia prometeu investir na renovação de edifícios” e não tem dúvidas que a eliminação progressiva do gás e gasóleo dos sistemas de aquecimento é essencial.

Países como a França já proibiram o aquecimento a gás em novas casas a partir de julho do próximo ano e o Reino Unido já declarou que vai fazer o mesmo a partir de 2023, lembra a associação.

A Quercus defende que a Europa deve começar por classificar caldeiras a combustíveis fósseis com “as piores classes energéticas (F e G) e, de seguida, eliminá-las do mercado de forma faseada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Ambientalistas pedem fim de esquentadores a gás após 2025

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião