Portugal FinLab lança 3ª edição. Espera adesão de seguradoras e bancos
O Portugal FinLab concluiu a 2ª edição e já abriu candidaturas para 2021. Além de continuar a contar com adesão de startups, espera candidaturas de incumbentes como bancos e seguradoras tradicionais.
A plataforma Portugal FinLab acaba de abrir o período de candidaturas para a edição de 2021. Além de continuar a contar com o habitual interesse de startups do ecossistema financeiro, espera candidaturas de incumbentes (bancos e seguradoras), anunciou a organização constituída pelos organismos portugueses de regulação e supervisão financeira (ASF, BdP e CMVM).
A segunda edição da iniciativa que, desde 2018, assumiu objetivo de promover a aproximação entre empreendedores, reguladores e operadores do sistema financeiro em torno da inovação tecnológica, teve em 2020, pela primeira vez, a participação de uma instituição bancária (Millennium bcp), através do projeto m-contabilidade.
Num webinar promovido para o balanço de 2020 e lançamento de novo ano no hub português de inovação financeira, Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal (BdP), salientou que o número de candidaturas à edição anterior excedeu em mais de três vezes o número de projetos selecionados e, para a 3ª edição, o Portugal FinLab espera atrair mais startups e acolher também candidaturas de players maduros do espaço bancário e segurador.
No evento de formato digital, Manuel Caldeira Cabral, pela ASF, Hélder Rosalino, pelo BdP, e José Miguel Almeida, em representação da CMVM, juntaram-se a alguns dos empreendedores no encontro que encerrou o ano, marcando também o arranque da próxima edição.
Replicando o modelo das edições anteriores, a próxima edição do Portugal FinLab reparte-se por duas fases. A primeira (com candidaturas a decorrerem de 11 de dezembro de 2020 até 29 de janeiro de 2021 e correspondente pitch day previsto para início de março), enquanto as candidaturas da 2ª fase correm de 17 de maio a 25 de junho, com pitch previsto para final de julho. Os selecionados de uma e outra fase serão conhecidos no final de março e agosto, respetivamente. As candidaturas ao FinLab são submetidas diretamente no website da organização.
Fazendo a ponte da 2ª para a 3ª edição, o evento incluiu uma talk moderada pelo representante da ASF e enriquecida com intervenções de alguns dos finalistas do programa deste ano. “É importante, enquanto reguladores, aprendermos com a experiência dos candidatos participantes no Portugal FinLab para melhorarmos a relação e o quadro regulatório em que as fintech operam”, disse Manuel Caldeira Cabral, membro da administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), durante o período de questões dirigidas aos representantes dos projetos Apres, M-contabilidade e Swood.
Enquanto representante de um banco incumbente que é próximo de fintechs emergentes, António Fery Antunes (Millennium bcp) salientou a importância dos parceiros tecnológicos para desenvolvimento de novas propostas aos clientes empresariais do banco, nomeadamente na área de contabilidade e conciliação, como foi o caso do projeto (m-contabilidade) acompanhado e selecionado neste 2º Portugal FinLab.
Testemunhando a experiência da participação nesta edição do programa, Julia Cohen (Swood) saudou a experiência na abordagem ao quadro regulatório e a resposta dos reguladores.
Durante a conversa, Fery Antunes referiu-se à problemática da implementação da assinatura digital e sugeriu que organismos representando o Estado, como a AMA (Modernização Administrativa) e IRN (Registos e Notariado) deveriam ser chamados a participar na aceleração do processo de inovação tecnológica.
Por seu lado, Matt Waite (Apres), considerou a participação no Portugal FinLab um processo de validação relevante, prometendo que partilhará testemunho à comunidade fintech. Waite disse que o Portugal FinLab ajudou a amadurecer a forma como encara a regulação, reconhecendo também que o relatório entregue por cada um dos reguladores a cada um dos finalistas, no final do programa, ajudará a startup na abordagem ao mercado e junto de investidores.
De acordo com o documento publicado no final da 2ª edição, o peso do vertical insurtech entre as cerca de trinta selecionadas para o programa desceu aos 6% este ano, face aos 10% do número total de projetos candidatos ao Portugal FinLab em 2019. De acordo com a lista de finalistas selecionados na 2ª fase da edição 2020, predominaram projetos nos segmentos de meios de pagamentos, mercado financeiro e RegTech.
À medida que os projetos candidatos apresentam maior complexidade, agregando diferentes atividades financeiras, beneficiam também do formato da plataforma, que oferece a colaboração conjunta das três entidades reguladoras, salientou Rosalino, citado no relatório que encerrou o Portugal FinLab 2020.
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