Maioria dos centros de serviços partilhados em Portugal quer contratar em 2021
O estudo da Mercer revela que 56% das empresas do setor dos serviços partilhados pretende aumentar equipas, 33% quer manter o número de trabalhadores e 11% tenciona reduzir postos de trabalho.
Apesar de não ser o valor que foi perspetivado em 2020, mais de metade das empresas que atua no setor dos centros de serviços partilhados em Portugal mantém a intenção de aumentar o número de colaboradores ao longo deste ano. No ano passado esperava-se que 80% das empresas nesta área contratasse mais profissionais para fazer crescer as suas equipas, mas a percentagem é, agora, de 56%, revela o estudo “Total Compensation”, realizado pela Mercer.
Por outro lado, se no ano passado a intenção de reduzir postos de trabalho era nula, em 2021, 11% das empresas manifesta essa intenção. Neste sentido, a intenção de estabilizar, mantendo o mesmo número de colaboradores, acabou por crescer de 2020 para 2021. Segundo os resultados apurados, 33% das empresas pretende manter o número de colaboradores no próximo ano, contra os 20% apurados para 2020.
Já no que diz respeito às expectativas de remuneração, a tendência observada na amostra revela que a maioria das empresas (79%) pratica a revisão salarial uma vez por ano e é esperado que “27% das empresas deste setor procedam ao congelamento de salários em 2021”. Resultados individuais, grelha salarial e posicionamento competitivo versus mercado são os fatores que mais condicionam os incrementos salariais neste setor. Já fatores como antiguidade e nível funcional são os que menos influenciam.
Equipas de jovens licenciados e com diversidade de género
Fazendo um breve retrato das equipas que fazem parte das empresas do setor dos centros de serviços partilhados em Portugal, cabe destacar que a maioria pertence a uma franja etária mais jovem. Apenas 4% dos colaboradores tem mais de 51 anos, 58% tem até 35 anos e 38% situa-se na faixa etária dos 36 aos 50 anos.
Mas, se ao nível etário não há muita diversidade, no que toca a diversidade de género, as equipas estão bastante equilibradas, com uma distribuição de 50/50 para ambos os géneros, avança o relatório da Mercer. Já no que diz respeito ao nível académico dos colaboradores, observa-se que a larga maioria (78%) tem, pelo menos, a licenciatura.
O estudo “Total Compensation” foi desenvolvido com o objetivo de analisar as principais tendências no mercado português relativamente a políticas de compensação nos business service centers, “um segmento atualmente em franco crescimento no nosso país”, lê-se no comunicado. Marta Dias Gonçalves, surveys leader da Mercer, considera mesmo que Portugal está na mira das grandes empresas para o estabelecimento destes centros.
“Uma prova disso é o extraordinário crescimento que os mesmos têm tido no nosso país, sobretudo com foco em áreas como os serviços financeiros, as tecnologias de informação ou o serviço ao cliente. Por este motivo, mesmo em tempos de pandemia, este foi um setor que manteve dinâmico, procurando atrair e reter o melhor talento. As empresas procuraram manter-se competitivas e demonstraram a necessidade de conhecer as práticas de mercado ao nível da compensação e benefícios”, remata.
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