Novos confinamentos em janeiro castigam economia da Zona Euro
O índice dos gestores de compras (PMI) em janeiro ficou aquém do valor de dezembro. Indicador mostra que os novos confinamentos estão a pesar, sobretudo no setor dos serviços.
A desaceleração da economia da Zona Euro agravou-se em janeiro, um resultado do reforço das restrições às deslocações e à atividade económica em vários países face à propagação do coronavírus.
O índice dos gestores de compras (PMI) da IHS Markit fixou-se em 47,8 no primeiro mês de 2021, uma melhoria em relação à estimativa que tinha sido avançada anteriormente, mas uma redução em relação aos 49,1 de dezembro. O indicador é visto como uma boa medida do pulso da economia, sendo que leituras abaixo de 50 sinalizam contração.
Janeiro foi, para vários países da Zona Euro, um momento de regresso das limitações aos negócios e às deslocações dos cidadãos. Em Portugal, uma terceira vaga da pandemia forçou o decreto de um novo confinamento generalizado por parte do Governo.
Chris Williamson, economista chefe da IHS Markit na área dos negócios, explicou, citado pela Reuters, que “a economia da Zona Euro teve um início previsivelmente difícil em 2021, à medida que os esforços em curso para conter a disseminação da Covid-19 continuaram a afetar a atividade empresarial, especialmente no setor dos serviços”.
Com efeito, na análise por setor, o índice dos gestores de compras nos serviços registou uma leitura de 45,4, que compara desfavoravelmente com os 46,4 de dezembro. Na indústria, a leitura do índice foi de 54,8, um sinal de melhoria no início do novo ano.
“O crescimento da indústria continuou a ofuscar algumas das fraquezas no setor dos serviços, embora mesmo aqui o crescimento da produção abrandou perante reduções na procura e atrasos no fornecimento, frequentemente ligados à pandemia”, acrescentou o economista.
A economia da Zona Euro registou uma contração de 0,7% no último trimestre de 2020. Na terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a pandemia provocou uma queda de 7,6% no Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, a pior recessão anual da democracia.
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