Madeira faz Portugal destacar-se em igualdade de género. Há mais engenheiras e cientistas mulheres no arquipélago do que homens
Portugal está entre os países mais igualitários em termos de género no campos da engenharia e da ciência. Entre 45% e 49% dos trabalhadores são mulheres. Mas a Madeira destaca-se.
Em 2019, havia mais de 6,3 milhões de mulheres cientistas e engenheiras na União Europeia (UE), o que representa 41% do emprego total nestas áreas. Portugal está entre os países mais igualitários neste campo, com uma percentagem de mulheres ou engenheiras entre 45% e 49%, revela o Eurostat.
Contudo, não é Portugal Continental que se destaca. A análise por Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) revela que o arquipélago português possui, inclusive, uma maior percentagem de mulheres a trabalhar neste campo do que de homens. Na engenharia e na ciência, 57% dos trabalhadores são do sexo feminino.
O país vizinho é, contudo, aquele que mais se destaca pelos números registado em cinco regiões: nordeste espanhol (53%), noroeste, Canárias e este (53%) e centro (51%). Seguem-se duas regiões na Polónia, oriental e central, com 54% e 51%, respetivamente, e o norte e sudeste da Bulgária, com 57%, a mesma percentagem apurada numa das regiões portuguesas, na Madeira, com um valor acima do registado em qualquer outra região do território nacional.
Ainda no top das 13 regiões da UE mais igualitárias em questões de género, está o norte da Suécia (56%), a Lituânia (55%), a Letónia (53%) e, finalmente, a Dinamarca (52%).
Já na cauda da Europa, com o menor número de engenheiras e cientistas mulheres está Baden-Württemberg (29%), na Alemanha, e Luxemburgo (28%).
Analisando setores específicos, o gabinete de estatísticas europeu concluir que era na indústria que havia o maior gap em igualdade de género. Neste setor, apenas 21% dos cientistas e dos engenheiros são mulheres. Por outro lado, é no setor dos serviços que a balança está maior equilibrada, com 46% de trabalhadores do sexo feminino.
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