Banco CTT dá lucro pela primeira vez e ganha 200 mil euros

O Banco CTT, criado em 2015, deu lucro pela primeira vez nos seus cinco anos de história. Ganhou 200 mil euros e foi a rubrica de receita que mais cresceu no grupo CTT em 2020.

Lançado em agosto de 2015, o Banco CTT deu lucro pela primeira vez cinco anos depois, em 2020. A instituição bancária detida pelo grupo postal obteve um resultado líquido consolidado de 200 mil euros no ano da pandemia, informou a empresa num comunicado enviado à CMVM.

O Banco CTT foi também a rubrica de receita que mais cresceu nos CTT, tendo visto os rendimentos operacionais aumentarem 30,5%, para 82,1 milhões de euros. Um crescimento mais acentuado até do que o do negócio das encomendas, que beneficiou significativamente dos efeitos da pandemia nos hábitos de consumo.

“Em 2020, num ano profundamente marcado pelo impacto da pandemia de Covid-19 no contexto económico, o Banco CTT atingiu pela primeira vez um resultado líquido consolidado positivo. Este importante marco de rentabilidade permite confirmar que o banco é já uma instituição bancária de referência para as famílias portuguesas, com mais de 600 mil clientes com contas bancárias abertas, das quais 56 mil abertas durante o último ano”, destacam os CTT na referida nota.

Os depósitos de clientes aumentaram 31,6%, para 1.689,1 milhões de euros. Além disso, no ano em que o Banco CTT começou a cobrar aos clientes pelo cartão de débito, “as comissões recebidas cresceram 4,7 milhões de euros”, um aumento de 52,9% que resulta, sobretudo, do aumento de 14,6% das transações, 64,4% do crédito à habitação e 607% (isto é, sete vezes mais) das contas e cartões.

Quanto ao crédito, começando pelo automóvel, a produção situou-se em 2020 em 193,8 milhões, um aumento de 35,4%. Neste segmento, o banco tem uma carteira líquida de imparidades de 560,4 milhões. Já no crédito à habitação, a carteira líquida de imparidades avançou 29,5%, para 524,6 milhões de euros, mas a produção caiu 15,5% (-29,4 milhões).

“No final de 2020, os pedidos de moratórias formalizados atingiram uma exposição total de 40,4 milhões de euros (31,1 milhões de crédito à habitação, 6,4 milhões de crédito automóvel e 2,9 milhões de outros créditos), representando 3,6% do total da carteira bruta de crédito”, referem os CTT.

A empresa sublinha ainda, sobre o negócio bancário, que “as moratórias privadas de crédito automóvel terminaram a 30 de setembro e atingiam, à data, 27,6 milhões de euros, representando 40,1% do total das moratórias formalizadas na altura”. No final de 2020, 13,7% dos créditos para compra de automóvel que estiveram abrangidos pela moratória privada estavam em incumprimento.

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