Receios da banca arrastam Wall Street para o vermelho
O setor bancário está a desvalorizar significativamente por causa dos problemas com um fundo de investimento. Wall Street arranca a semana em terreno negativo.
Os mercados financeiros estão receosos com o potencial impacto negativo dos problemas com a gestora de patrimónios familiares Archegos Capital Management em fundos de investimento. O setor da banca está a registar perdas no início da sessão desta segunda-feira, pressionando os principais índices norte-americanos. Wall Street arranca a semana em terreno negativo.
O Dow Jones cede 0,11% para os 33.035,13 pontos e o S&P 500 perde 0,35% para os 3.960,66 pontos, isto enquanto o Nasdaq desvaloriza 0,42% para os 13.082,98 pontos. Os principais índices norte-americanos estão a cair após terem subido significativamente na passada sexta-feira, tendo fechado em níveis recorde.
Os problemas da gestora de patrimónios familiares Archegos Capital Management começaram na semana passada quando a queda de ações do setor dos media deixaram-na em dificuldades. Os bancos, que emprestam dinheiro à Archegos para investir na bolsa (alavancagem), exigiram um reforço do colateral e, como a gestora não conseguiu fazê-lo, estes começaram a liquidar as suas posições acionistas. No total, foram vendidas ações que valiam mais de 20 mil milhões de euros.
As perdas registadas pela liquidação dessas posições poderão vir a afetar vários bancos de investimento em todo o mundo, a começar pelo europeu Credit Suisse e o japonês Nomura, com ambos a registarem quedas bolsistas superiores a 10% após terem divulgado esta potencial perda. Mas os investidores receiam que o impacto negativo se alastre a outros bancos, nomeadamente os norte-americanos que executaram as ordens de venda dos títulos.
Nos EUA, o Goldman Sachs está a desvalorizar mais de 3% e o JPMorgan Chase cede mais de 1%, por exemplo, com todo o setor bancário a negociar no vermelho. Esta semana, que é mais curta por causa da Páscoa (sexta-feira não há negociação), também terá uma volatilidade acrescida pelo reequilíbrio das posições de fundos de pensões e outros investidores de dimensão significativa uma vez que termina o primeiro trimestre.
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