Lloyd’s of London fechou 2020 com perdas pesadas relacionadas com Covid-19
Prejuízos anuais do mercado global de seguros superaram 1000 milhões de euros, refletindo indemnizações pagas por sinistros relacionados com a pandemia, mas também com catástrofes naturais.
O Lloyd’s of London, o mais antigo mercado de seguros do mundo, encerrou o exercício de 2020 com prejuízo consolidado de 900 milhões de libras esterlinas (cerca de 1057 milhões de euros), um saldo que fixa o pior resultado dos últimos três anos e compara com 2,5 mil milhões de libras de lucros, antes de impostos, alcançados no termo de 2019.
O prejuízo apresentado reflete perdas líquidas (incorridas) de 3,4 mil milhões de libras (após recuperações de resseguro) de indemnizações relacionadas com a pandemia de Covid-19, nomeadamente perdas de exploração (business interruption) e cancelamento de eventos. Excluindo o impacto das perdas associadas à pandemia, o resultado de subscrição situou-se em 800 milhões de libras, demonstrando progresso no objetivo de melhorar o desempenho na atividade subjacente (subscrição e preços de novos contratos).
Em 2018, o entreposto de sindicatos apresentou perdas de 1000 milhões, menos do que os 2000 milhões de libras de prejuízo averbado em 2017.
O hub londrino de seguros afirma que, ao longo de 2020, os operadores forneceram apoio considerável a clientes de todo o mundo afetados pela crise da Covid-19, perspetivando que as “indemnizações pagas a clientes atinjam um total de 6,2 mil milhões de libras, em termos brutos”.
Em comunicado, o Lloyd’s reportou um decréscimo ligeiro (-1,2% face a 2019) no volume bruto de prémios emitidos, para 35,5 mil milhões de libras. Beneficiando da gestão e evolução positiva do rácio de despesa (objetivo importante do plano estratégico) e das condições de mercado, os recursos líquidos progrediram 10,8%, alcançando 33,9 mil milhões de libras esterlinas.
2020 representou uma tripla ameaça. Além do impacto Covid-19, “o ano também ficou marcado por elevada frequência de reclamações com catástrofes naturais e a saída formal do Reino Unido da UE”, fatores que trouxeram acréscimo de perdas e incerteza, comentou John Neal, CEO do Lloyd’s of London.
Os gastos relacionados com Covid-19 acrescentaram 13,3% ao rácio combinado do mercado, o qual resvalou para 110,3%. Excluindo os sinistros relacionados com a Covid-19, o rácio combinado melhorou, de 102,1% em 2019, para os 97%.
Nas operações de investimento, acompanhando declínio na rentabilidade (2,8% contra 4,8% em 2019), o resultado totalizou 2,5 mil milhões, quase 30% inferior aos 3,5 mil milhões de libras obtidos em 2019.
O rácio de solvabilidade do Lloyd’s foi calculado em 209% (central), a comparar com 238% no final de 2019.
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