Gás natural chamado a produzir energia elétrica. Consumo aumenta 57%
Diz a REN que no mês passado "as condições foram desfavoráveis para as energias renováveis" em Portugal: a produção renovável abasteceu 54% do consumo e a não renovável (incluindo gás natural) 41%.
De acordo com os dados mais recentes da REN, o consumo de gás natural registou no mês de abril de 2021 um crescimento de 57% face ao período homólogo, devido a uma “maior utilização das centrais de produção de energia elétrica a gás natural”.
Já no segmento convencional, ou seja, no consumo doméstico, empresarial e industrial, diz a REN que o crescimento foi também significativo, com uma variação homóloga de 13,8%.
“No período de janeiro a abril, o consumo acumulado anual de gás natural regista ainda uma variação homóloga negativa de 1,7%, resultado de uma contração de 15,6% no segmento de produção de energia elétrica e de um crescimento de 4,2% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores”, refere a REN, em comunicado.
Na eletricidade, o consumo registou em abril um crescimento homólogo de 6,5%, ou 10,4% com correção de temperatura e número de dias úteis. No total dos primeiros quatro meses do ano o consumo cresceu 0,9%, ou 0,8% com correção de temperatura e dias úteis.
Na análise da REN, durante o mês de abril “as condições foram desfavoráveis para as energias renováveis”: a produção renovável abasteceu, 54% do consumo, a não renovável abasteceu 41% enquanto a importação de energia assegurou os restantes 5%.
O índice de produtibilidade hidroelétrica manteve-se nos 0,78 (média histórica igual a 1) e o de eolicidade nos 0,60 (média histórica igual a 1), tratando-se, neste último caso, do mais baixo registo para o mês de abril desde 2001, de acordo com os registos da REN.
No período de janeiro a abril, a produção renovável abasteceu 74% do consumo (incluindo saldo exportador), repartida pela hidroelétrica com 39%, eólica com 27%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%. A produção não renovável abasteceu 23% do consumo a partir de gás natural e 2% a partir de carvão. O saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 2% do consumo nacional.
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