Nos passa de prejuízos a lucros de 30,5 milhões de euros. Confinamento trava receitas
Operadora liderada por Miguel Almeida apresentou lucros de 30 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, período marcado por um novo confinamento. Tanto o EBITDA como as receitas caíram.
A Nos passou de prejuízos a lucros no primeiro trimestre. A operadora ganhou 30,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, período marcado pelo novo confinamento que, apesar de não ter impacto nos resultados líquidos, pesou nas contas da empresa liderada por Miguel Almeida. As receitas caíram.
“O resultado líquido consolidado situou-se em 30,5 milhões de euros face aos 10,4 milhões negativos registados um ano antes”, refere a Nos em comunicado enviado à CMVM. O EBITDA consolidado cedeu 0,4%, para 152,2 milhões de euros, enquanto as receitas recuaram 2,3% para os 337,4 milhões de euros.
“O EBITDA de comunicações aumentou 1,2%, neste período, para 143,5 milhões de euros. Na área de cinema e audiovisuais, a quebra dos resultados operacionais atingiu 20,6% face aos primeiros três meses do ano passado”, refere a empresa, sendo este resultado reflexo do encerramento destes espaços devido à pandemia.
“As receitas de telecomunicações, apesar dos efeitos da pandemia sobre as receitas de roaming, registaram um crescimento de 0,8% face ao período homólogo, atingindo 335,7 milhões de euros”, nota a Nos. “As receitas consolidadas, não comparáveis com as do período homólogo de 2020 devido ao encerramento dos cinemas e ao impacto verificado com o confinamento neste trimestre, registaram um decréscimo de 2,3% para 337,4 milhões de euros”, salienta.
Mais clientes, mais investimento
A Nos revela que nas comunicações móveis “verificou-se um crescimento de 3% no número de serviços, que passam a totalizar 4,992 milhões”. E diz que esta tendência foi também sentida nos serviços de banda larga fixa, que cresceram em 37 mil, totalizando 1,462 milhões, e também nos serviços de voz fixa, que atingiram 1,771 milhões, mais 14 mil serviços, face ao ano anterior.
O 5G é uma tecnologia disruptiva na qual a Nos pretende ter uma posição de liderança.
“O número de clientes convergentes e integrados alcançou 62,9% da base total de clientes fixos, mais 2,2 pontos percentuais do que no final de março de 2020”, refere no comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais. “No final do primeiro trimestre de 2021, a base de serviços totais prestados pela Nos atingia 9,902 milhares de RGUs, um crescimento de 2,1% face ao período homólogo”, remata.
Neste período, a Nos fez chegar a sua rede a mais casas: “a cobertura de rede fixa de nova geração atingiu, no final deste trimestre, 4,913 milhões de casas, mais 274 mil face ao final do trimestre homólogo”, diz. A Nos “reforçou os seus investimentos, em particular na área de comunicações. O Capex total do grupo, excluindo os contratos de leasing, aumentou 8,7% e atingiu 96 milhões de euros”, salienta.
Nos quer posição de liderança no 5G
Os investimentos vão prosseguir, especialmente nas redes de nova geração, o 5G. Isto apesar de Miguel Almeida salientar as dificuldades que o 5G enfrenta no mercado nacional.
“Apesar de todas as dificuldades regulatórias que se têm enfrentado em Portugal, o 5G é uma tecnologia disruptiva, na qual a Nos pretende ter uma posição de liderança, focada numa abrangente implementação e na superação contínua das expectativas dos nossos clientes, que constituem o centro da nossa atividade”, diz o CEO.
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