É “demasiado cedo” para um novo plano de recuperação
Margrethe Vestager não vê necessidade de um novo plano. Lembra que o atual só pode ser implementado depois de todos os 27 países o validarem, o que ainda não aconteceu.
É “demasiado cedo” para considerar uma extensão ao plano de recuperação europeu decidido em julho de 2020, quando ainda não foi gasto “um único euro”, disse a comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.
“É demasiado cedo para o considerar. Acho um pouco estranho falar de um novo plano de que não temos a certeza de precisar, quando já temos tanto para fazer”, referiu a comissária, numa entrevista ao Les Echos.
Vestager sublinhou ainda não ter sido gasto “um único euro dos 750 mil milhões de euros do primeiro plano”.
A União Europeia acordou em julho de 2020 a criação de um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros (5,6% do PIB europeu) financiado por uma emissão conjunta de dívida.
O plano só pode ser implementado depois de todos os 27 países o validarem, mas nesta fase apenas 19 parlamentos nacionais ratificaram o acordo.
A França e a Alemanha apelaram no final de abril para que o plano de recuperação fosse posto em prática “o mais rapidamente possível”, para que a União Europeia não se deixe ultrapassar pela China e pelos Estados Unidos no processo de recuperação global.
Perante a decisão dos Estados Unidos de injetarem 1,9 biliões de dólares (1.56 biliões de euros) na economia americana, o presidente francês, Emmanuel Macron tinha referido no final de uma cimeira europeia, em 25 de março, que a Europa deveria “melhorar” e “completar” a sua resposta económica e orçamental à crise provocada pela Covid-19, com vista a uma recuperação “mais vigorosa”.
“Podemos preocupar-nos em ter fome dentro de uma semana, mas o essencial é comer hoje. O objetivo não é gastar tanto dinheiro quanto possível, mas sim obter os melhores resultados possíveis”, frisou Margrethe Vestager.
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