Generali oferece 1,18 mil milhões de euros pela Cattolica
A oferta de aquisição voluntária da totalidade do capital da participada decorre de parceria estabelecida há cerca de um ano. Perfil e modelo de negócio da visada encaixam na estratégia da Generali.
A Assicurazioni Generali S.p.A (Generali) anunciou lançamento de uma oferta pública de aquisição voluntária (OPA) da totalidade do capital acionista da Società Cattolica di Assicurazione S.p.A. (Cattolica).
No ano de conclusão do seu plano estratégico trienal (“Generali 2021”), o grupo segurador que em Portugal detém a companhia Tranquilidade afirma que a transação permitirá consolidar a sua liderança em Itália, onde assume quota de 16,9% do mercado.
Com a aquisição do capital da Cattolica que ainda não controla, a Generali SpA (atualmente detentora de cerca de 24% das ações da visada) perspetiva consolidar o primeiro lugar no mercado italiano de seguros não-Vida, reforçando a liderança no setor de seguro Vida, assume a companhia em comunicado.
A OPA voluntária visa a totalidade do capital da visada (cerca de 174,29 milhões de títulos), incluindo os cerca de 54 milhões de papéis de que a Generali já é titular, detalha a documentação em que a oferente assume que, após conclusão da operação, a Cattolica será retirada do mercado bolsista.
Nos termos da transação proposta, a Generali pagará 6,75 euros por cada ação da participada, contrapartida que supõe um prémio de superior a 15% relativamente à cotação do último fecho bolsista, ou 40,5% acima da média aritmética ponderada do volume de títulos negociados nos 6 meses contados até 28 de maio no Mercato Telematico Azionario, segmento de mercado gerida pela plataforma Borsa Italiana.
Os cerca de 24% que a Generali detém na Cattolica desde outubro de 2020, no âmbito de uma parceria estratégica firmada em junho de 2020, já lhe conferia estatuto de maior acionista individual na companhia sediada em Verona.
Caso a proposta da oferente obtenha a aceitação, a transação será concluída com desembolso total estimado em 1 176 milhões de euros, inteiramente financiado por recursos próprios da companhia de Trieste, fixa a Generali adiantando que, com a concretização da operação, a Cattolica já não precisará de realizar o reforço de 200 milhões de euros que faltam ao aumento de capital exigido pela supervisão de seguros (IVASS).
Anda, de acordo com o comunicado da adquirente, a Cattolica gere uma carteira de 3,4 milhões de clientes e emprega cerca de 1800 colaboradores. A companhia, que já foi cooperativa e reorganizou-se em sociedade por quotas, tinha cerca de 24 mil milhões de euros de ativos sob gestão no fecho de 2020.
Segundo projeta a Generali, a aquisição – dependente ainda do aval dos reguladores do setor financeiro (Consob) e dos seguros (IVASS) – proporcionará sinergias operacionais em torno de 80 milhões de euros anuais (brutos), embora com custos de integração que poderão situar-se entre 150 e 200 milhões de euros nos próximos 4 anos.
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