OPEP+ decide aumentar produção de petróleo a partir de julho

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os parceiros liderados pela Rússia, que constituem a OPEP+, vão manter o plano de aumentar a produção de petróleo em julho, apesar de a pandemia de coronavírus ainda estar a pesar sobre o consumo de combustíveis, avançou a Bloomberg (acesso livre).

Após uma reunião ministerial, que durou menos de 30 minutos (tornando-a uma das mais curtas da história recente), o cartel anunciou que vai avançar com um aumento de 841 mil barris por dia em julho, na sequência dos aumentos em maio e junho.

“O quadro da procura tem mostrado sinais claros de melhoria”, disse o príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro saudita da energia. “A procura melhorou em alguns dos maiores mercados, como os Estados Unidos e a China”, constatou.

Já antes da decisão a matéria-prima seguia em alta nos mercados internacionais e assim se manteve. O Brent negociado em Londres avança 1,8% para 70,56 dólares por barril, tendo já chegado a tocar os 71 dólares, em máximos de três meses. Já o crude WTI ganha 2,55% para 68 dólares, num valor que não se via desde outubro de 2018.

Preços sobem em Nova Iorque e Londres

^{Fonte: Reuters}

Após julho, a OPEP+ deverá manter a produção estável até abril de 2022, segundo o acordo assinado há um ano para após uma guerra de preços entre alguns dos maiores produtores. O acordo poderá ainda assim vir a ser renegociado até porque alguns países deverão começar a exercer pressão à medida que a procura continue a recuperar.

“Se a aliança não impulsionar a produção no final deste ano, os preços irão enfrentar mais pressão ascendente”, disse Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, à Bloomberg Television.