Regresso ao escritório? É hora de ‘recrutar’ um Community Chief of Vegetables
Microsoft e Natixis são duas empresas que já criaram nova função para promover maior integração dos colaboradores no regresso ao escritório.
Depois de meses em teletrabalho, se está a planear o regresso das equipas ao escritório está na hora de ‘recrutar’ um Community Chief of Vegetables. A Natixis e a Microsoft já criaram a nova função, respondendo ao crescimento do movimento das hortas corporativas, num momento em que o espaço escritório está a ser repensado para acomodar novos modelos de trabalho.
“O papel dos Community Chief of Vegetables é cada vez mais importante nas organizações. São eles os responsáveis por ajudar a recriar as memórias do campo na cidade e por plantar nas equipas a primeira semente para se envolverem com as hortas, levando à criação de momentos de partilha e aprendizagem. Esta visão está perfeitamente alinhada com o tipo de atividades que defendemos na Microsoft para a criação de um futuro mais sustentável e impacto positivo nas comunidades”, diz Rita Piçarra, CFO da Microsoft em Portugal, acumulando com o de Community Chief of Vegetables na tecnológica. “Os Community Chief of Vegetables são fundamentais para transformar o dia-a-dia das empresas e reforçar o elo de ligação entre os colaboradores”, defende, citada em nota de imprensa.
Num momento em que a pandemia obrigou a repensar as formas de trabalho, o escritório também está a ser redefinido de modo a ‘atrair’ os colaboradores. Um estudo recente da McKinsey dá disso conta: apesar dos desafios e da pressão do teletrabalho, 72% dos inquiridos admite ter tido uma experiência positiva com o trabalho remoto. E tudo indica que no futuro – mesmo com um modelo de trabalho híbrido – o escritório terá de sofrer adaptações: “os trabalhadores precisam de uma razão para se levantarem, vestirem e irem para o emprego. Os espaços deverão ser criados com um modelo de trabalho híbrido em mente”, argumenta a McKinsey.
Fileiras de secretárias a ocupar mais de metade da área do escritório é um modelo que deverá ser repensado pelas empresas, com os colaboradores em busca de outras soluções e sentido de pertença à empresa. A Noocity – startup portuguesa que pretende ligar colaboradores e empresas à natureza através das suas hortas urbanas – está por isso a desafiar as empresas a encontrar um Community Chief of Vegetables.
“Numa altura em que muitas empresas se questionam sobre o futuro do escritório, a ideia de lançarmos este desafio, de cada empresa ter o seu Community Chief of Vegetables é um impulso para promover um movimento de consciencialização ambiental e o sentido de comunidade dentro das organizações”, explica José Ruivo, CEO da Noocity. “Passamos tantas horas da nossa vida no trabalho, que passa pela empresa o papel fundamental de promover um mindset de mudança comportamental”, acrescenta o responsável da startup que, atualmente, conta com 100 clientes corporativos e mais de 1.200 individuais, tendo vendido mais de 7.000 camas de cultivo.
Para criar uma maior interação com a horta urbana – que poderá ser instalada num terraço, jardim ou varanda existente no edifício da empresa – a Noocity desenvolve ainda workshops ou webinars para os colaboradores aprenderem a cultivar os seus alimentos e criarem pausas mais saudáveis no trabalho.
Atividades que deverão ser incentivadas pelo Community Chief of Vegetables. Este deverá ser um amante da natureza com capacidade de criar laços e inspirar à mudança dentro da organização. “Esta pessoa é o elemento transformador dentro da organização, responsável por cultivar nas diferentes equipas um espírito alinhado com os valores da transição ecológica. É muito gratificante para nós já estarmos a fazer este caminho com algumas empresas em Portugal”, defende José Ruivo.
Na Natixis é Nádia Leal Cruz, communication & marketing manager, que assumiu a nova função. “É um orgulho integrar este projeto, que tem tido um impacto circular tão positivo, através da criação de um ainda maior sentido de pertença à empresa, fomentando a proximidade entre os colaboradores, mas também criando valor para a comunidade, que recebe os vegetais que plantamos”, destaca.
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