Covid-19: Moderna avança com pedido de vacinação para adolescentes
A farmacêutica dos EUA entregou esta segunda-feira o pedido na agência europeia do medicamento (EMA) para poder usar a vacina Moderna contra a Convid-19 em pessoas com idades entre 12 e 17 anos.
A farmacêutica Moderna anunciou esta segunda-feira que entregou pedidos de autorização para utilização da sua vacina contra a covid-19 em adolescentes dos 12 aos 17 anos na União Europeia e no Canadá.
Os pedidos da farmacêutica dos Estados Unidos foram entregues junto da Agência Europeia dos Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e da Saúde Canadá.
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Atualmente a vacina da Moderna está autorizada apenas para pessoas a partir dos 18 anos.
A vacina contra a covid-19, do consórcio americano-alemão Pfizer/BioNTech, foi autorizada no final de maio para adolescentes de 12 anos nos 27 países da União Europeia e está já igualmente autorizada para esta faixa etária no Canadá.
A Moderna anunciou no final de maio os resultados finais de ensaios clínicos em mais de 3.700 participantes com idades entre os 12 e os 17 anos, nos Estados Unidos.
“Neste estudo, nenhum caso de covid-19 foi observado nos participantes que receberam as duas doses da vacina da Moderna”, observando-se uma eficácia de “100% usando a mesma definição de um caso” do que para os adultos, declarou hoje a empresa de biotecnologia americana em comunicado.
Após uma dose, foi observada uma eficácia de 93%, precisou a mesma fonte. Os poucos casos declarados entre os adolescentes entre a primeira e a segunda dose foram “ligeiros”, acrescentou.
“Estamos esperançados de que a vacina da Moderna contra a covid-19 se mostre altamente eficaz para prevenir a covid-19 nos adolescentes”, disse o patrão da Moderna, Stéphane Bancel, citado no comunicado.
A vacina foi “geralmente bem tolerada, sem preocupações de segurança identificadas até ao momento”, referiu a Moderna.
Os efeitos secundários observados foram semelhantes aos constatados nos adultos (dor ao ministrar a injeção, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, arrepios).
A empresa “prevê igualmente pedir uma autorização de utilização de urgência à agência americana dos medicamentos (FDA) para alargar a autorização de utilização da vacina em adolescentes” nos Estados Unidos, indicou a Moderna.
Os adolescentes desenvolvem, em geral, formas menos graves de covid-19 do que as pessoas mais velhas, mas não estão isentos de contrair a infeção e de a transmitir na população.
É por isso que a imunização é necessária para parar a epidemia, segundo os especialistas.
A Moderna iniciou também em março testes da vacina em crianças dos seis aos 11 anos.
A vacina da Moderna, tal como a da Pfizer/BioNTech, usa a tecnologia genética ARN mensageiro (mARN).
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