Inflação pode estar a ser subestimada, alerta membro do BCE
"Há outros cenários além do cenário base de persistência de um contexto de baixa inflação. A inflação não está morta", alerta Knot, defendendo o fim das compras de dívida do BCE em março de 2022.
Klaas Knot, governador do Banco Central dos Países Baixos, está preocupado com a subida dos preços. Ao contrário da visão defendida pelo Banco Central Europeu (BCE), Knot alerta que a inflação pode estar a ser subestimada. Defende, por isso, que se comece a preparar o fim dos estímulos monetários.
Em entrevista ao NRC, citada pela Bloomberg (conteúdo em inglês, acesso pago), Klaas Knot diz que “não devemos sobrestimar a nossa capacidade para determinar, antecipadamente, o que é uma inflação temporária e o que não é”.
“Há outros cenários além do nosso cenário base de persistência de um contexto de baixa inflação. A inflação não está morta“, alertou o responsável holandês, numa altura em que os preços na Zona Euro têm vindo a subir.
De acordo com o Eurostat, a taxa de inflação anual da Zona Euro em maio foi de 2%, atingindo assim a meta do BCE que, contudo, tem vindo a reiterar que esta subida dos preços é temporária, provocada pela escalada dos preços dos bens energéticos, nomeadamente o petróleo.
Knot diz que “foi bom que “se tenha agido com rapidez à crise” provocada pela pandemia, com o BCE a disparar de imediato uma bazuca de 1,85 biliões de euros para comprar dívida dos países do euro. Contudo, “assim que o ‘fogo’ estiver sob controlo, os ‘bombeiros’ devem voltar para o quartel. Isso deverá acontecer em março de 2022”, diz.
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