Luís Filipe Vieira e José António Santos alvo de buscas

Em causa estão suspeitas de crimes de burla qualificada ao Fundo de Resolução bancária e ainda crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o empresário José António dos Santos, mais conhecido como “Rei dos Frangos”, estão a ser alvo de buscas, apurou o ECO. Em causa estão suspeitas de crimes de burla qualificada ao Fundo de Resolução bancária e ainda crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, segundo avançou o jornal SOL. A operação desta quarta-feira é liderada pelo procurador Rosário Teixeira, do DCIAP.

Segundo avançou a TVI, em causa também estão suspeitas de crimes relacionados com um alegado esquema de conluio entre ambos para benefício dos dois e em prejuízo do Benfica. Ou seja, na compra de ações da SAD encarnada, por parte do clube, que se traduzia numa mais-valia de 11 milhões de euros para Vieira e José António Santos, um dos donos da Valouro e maior acionista individual da Benfica SAD.

Segundo a CMTV, as autoridades também estão a realizar buscas na sociedade C2 Capital Partners, sociedade gestora de fundos liderada por Nuno Gaioso Ribeiro e que está a gerir os créditos e ativos da Promovalor, o grupo económico de Vieira, no âmbito de uma operação de reestruturação das dívidas ao Novo Banco. O Banco de Portugal deixou muitas críticas a esta operação.

Os mandados de buscas preveem detidos mas ainda não foi confirmada a identificação dos mesmos, avançou o Observador.

Em maio, na comissão de inquérito ao Novo Banco, Luís Filipe Vieira revelou que o Novo Banco vendeu a dívida de 50 milhões de euros da sociedade Imosteps, que era controlada pelo presidente do Benfica, por cerca de cinco milhões de euros ao fundo americano Davidson Kempner em 2019, com perdas para o Fundo de Resolução.

Esta dívida foi adquirida ao fundo abutre por cerca de oito milhões por José António dos Santos, e depois de uma recomendação de Vieira. “Apareceu aquele fundo americano a falar com o José Gouveia [diretor financeiro da Promovalor], que me contou o que se estava a passar. Quando [o fundo] fez a oferta de oito milhões, eu disse ao Zé [António dos Santos] que estava aqui um bom negócio e disse-lhe que só queria as garantias para este lado. Queria libertar os avales pessoais”, contou o presidente do Benfica.

(Notícia atualizada com mais informações às 13h24)

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