Mais de metade dos jovens diz que pandemia melhorou equilíbrio entre vida pessoal e profissional

A percentagem registada entre os jovens trabalhadores com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos contrasta com o valor apurado entre os baby boomers. Só um quarto é da mesma opinião.

Foram os jovens quem mais beneficiou da pandemia, pelo menos no que toca a flexibilidade e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Mais de metade (51%) dos colaboradores entre os 20 e os 29 anos, inseridos na geração Z e também nos millennials (nascidos entre 1981 e 1995), asseguram que o seu equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é melhor agora do que antes da pandemia. Só um quarto dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) é da mesma opinião.

“Todos os profissionais estão a sentir os efeitos da pandemia, mas é evidente que o impacto varia muito entre diferentes gerações. As empresas devem considerar cuidadosamente estes detalhes à medida que começam a reinventar a experiência no local de trabalho nos próximos meses e a projetar o futuro”, afirma Oscar Herencia, vice-presidente do sul da Europa e diretor-geral da MetLife na Ibéria, em comunicado.

Embora haja profissionais em todas as gerações a sentirem que o seu bem-estar integral, que inclui a saúde física, mental, social e financeira, diminuiu, os baby boomers estão a viver de forma mais forte os impactos negativos do trabalho remoto.

Mais de 40% afirmam que a diminuição da socialização é a razão principal para estarem mais descontentes com a situação laboral, indica o estudo sobre tendências e benefícios dos trabalhadores nos Estados Unidos, realizado pela MetLife, e que inquiriu cinco mil pessoas.

Já os trabalhadores mais jovens, por sua vez, dizem que a possibilidade de passar tempo com a sua família (40%) e trabalhar num melhor local (30%) são os motivos para que o equilíbrio entre a vida laboral e profissional tenha melhorado.

Jovens preferem flexibilidade. Baby boomers sentem falta da interação pessoal

O estudo da MetLife indica, ainda, que os trabalhadores mais jovens preferem a flexibilidade no local de trabalho a um salário mais alto, enquanto os baby boomers são mais propensos a sentirem saudades das interações pessoais com os seus colegas.

Existe também uma forte conexão entre o tempo livre e a melhoria do bem-estar dos trabalhadores. Para enfrentar as suas preocupações com o bem-estar, 36% dos trabalhadores na faixa dos 20 anos de idade tiram mais dias de baixa – principalmente por razões de saúde física ou mental – enquanto somente 8% dos baby boomers afirmaram o mesmo, e a maioria indicou as restrições de viagens e a grande carga de trabalho como principais razões para não desfrutar do tempo livre.

“As empresas e os gestores têm um papel fundamental a desempenhar no apoio ao bem-estar dos trabalhadores. Proporcionar flexibilidade, saber gerir a carga de trabalho e promover o tempo livre podem marcar uma grande diferença na saúde geral dos trabalhadores”, finaliza Oscar Herencia.

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