BCP reforça aposta no banco digital. Injeta mais 26,6 milhões no ActivoBank
O negócio do banco digital cresceu a dois dígitos no ano da pandemia e o BCP reforçou aposta: injetou mais 26,6 milhões de euros no ActivoBank no início do mês.
O BCP continua a apostar forte no seu banco digital. No início deste mês, injetou mais 26,6 milhões de euros no ActivoBank, num aumento de capital que visa acelerar o seu crescimento e reforçar os rácios de capital de acordo com as exigências regulamentares.
Desde 2018, o banco liderado por Miguel Maya já reforçou o capital do ActivoBank em mais de 100 milhões de euros, ou seja, à razão de 25 milhões de euros por ano, num sinal da importância que o banco digital vem assumindo na estratégia global do BCP.
O ActivoBank é visto como uma das alavancas de crescimento e criação de valor no futuro, sendo uma “lança” na captação de clientes do segmento mais jovem e com maior utilização das novas tecnologias, mas não só. Há alguns anos que o BCP diz estar a avaliar o “potencial de internacionalização” da plataforma. Por outro lado, a administração também pretende orientar o banco para um novo patamar: deixar a perceção no mercado de que não é um “banco low cost” mas antes um “banco value for money”.
Ao ECO, fonte oficial do BCP refere que a mais recente injeção de 26,6 milhões no ActivoBank foi efetuada para dotar o banco digital “dos recursos necessários para prosseguir com o seu plano estratégico e para cumprir com os rácios regulamentares, seja os referentes às suas aplicações financeiras, seja os respeitantes ao seu financiamento, nomeadamente o Minimum Requirement for own funds and Eligible Liabilities (MREL)”.
Com este aumento de capital, o ActivoBank passou a deter uma posição de capital de 127,6 milhões de euros, acima dos 17,5 milhões de euros em 2018.
Evolução do capital do ActivoBank
Fonte: Banco
Negócio a crescer a dois dígitos
O banco digital fechou 2020 com o lucro a crescer 46% para 12 milhões de euros, num ano particularmente desafiante para todo o setor.
O negócio do ActivoBank cresceu a dois dígitos: conquistou mais 40 mil clientes ao longo do ano passado, tendo uma carteira de mais de 340 mil clientes (+13,3% em relação a 2019) e gerindo depósitos de mais de 2.000 milhões de euros (+26,8%). O negócio de crédito também está em expansão: a carteira de empréstimos à habitação aumentou 36,8% para 310 milhões.
Com 186 trabalhadores, o banco online mudou recentemente de liderança, depois da saída de Ricardo Campos no final do ano passado para desenvolver um negócio em nome pessoal, tendo sido substituído por António Bandeira, como avançou o ECO na altura.
O ActivoBank nem sempre esteve no centro da aposta do BCP. Em 2014, quando o banco então liderado por Nuno Amado estava em profunda reestruturação na sequência da crise da dívida, o ActivoBank esteve perto de ser vendido, mas as negociações com o fundo Cabot Square acabaram por não chegar a um bom porto.
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