Moody’s compra líder de modelação de risco por 1,68 mil milhões de euros
Com a aquisição da RMS, especialista em soluções para (re)seguros gerais, a Moody’s prevê impulsionar as receitas do seu negócio de data analytics até cerca de 500 milhões de dólares.
A Moody’s Corporation, companhia norte-americana mais conhecida pela unidade de notação financeira (Moody’s Investors), acordou a compra da RMS, líder global em modelação de risco, por 1 425 milhões de libras esterlinas (1 675 milhões de euros ou 2 mil milhões de dólares), em dinheiro.
Com a aquisição da RMS, uma tecnológica SaaS (Software-as-a-Service) cuja carteira inclui mais de 400 modelos de risco cobrindo 120 países, a Moody’s concretiza manobra estratégica para ascender a uma posição de liderança na avaliação integrada de risco, salienta um comunicado.
Desde 1998 pertença do grupo editorial britânico Daily Mail and General Trust Plc (DMGT), a Risk Management Solutions (RMS) é uma empresa com 30 anos que desde a origem, na Universidade de Stanford, constrói e distribui – à indústria de (re)seguros, governos e empresas – software de modelação e análise de biliões de dados para gestão de riscos de catástrofes naturais, eventos climáticos extremos e outros, como a crescente ameaça de ciberataques.
A plataforma Risk Intelligence, uma das primeiras no mundo a integrar cientistas de data analytics no desenvolvimento de soluções de modelação de risco de catástrofes, consolidou a RMS como uma das SaaS líderes do setor.
A integração na Moddy’s “é excecional para a RMS e os seus clientes”, considerou a CEO da RMS. “Os riscos globais são agora mais complexos, interligados e sistémicos. As alterações climáticas e os eventos catastróficos como eventos meteorológicos extremos, pandemias e ciberataques têm impactos mais amplos e mais prejudiciais em praticamente todas as indústrias.,” complementou Karen White.
Confiando que a aquisição garante incremento no potencial de negócio da plataforma Moody’s Analytics, ajudando a melhorar resiliência dos seus clientes, a adquirente conta que o negócio esteja concluído até final de setembro de 2021 e adianta que, para o exercício fiscal com termo precisamente em setembro, a RMS deverá gerar 320 milhões de dólares em receitas e lucro operacional ajustado de 55 milhões de dólares.
A venda da RMS, que desde 2018 é dirigida por Karen White, era uma das pré-condições colocadas pela família Rothermere – fundadora e ainda principal acionista do grupo britânico (com 28% do capital da DMGT) – para concretizar um plano que pretende transformar o grupo presidido por Jonathan Harmsworth, visconde de Rothermere.
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