Vale da Farfetch chama outras empresas e cria 7 mil empregos em Matosinhos
O futuro campus global da Farfetch vai acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos. O empreendimento "mais sustentável de Portugal", a concluir até 2025, prevê empregar sete mil pessoas.
O Fuse Valley, que a Farfetch está a desenvolver em Matosinhos em 2025, vai acolher também outras empresas, um hotel com 75 quartos e 42 apartamentos. Terá 5 mil metros quadrados de espaços para comércio e serviços de suporte ao empreendimento, como áreas de restauração, ginásio e SPA, bem como um anfiteatro ao ar livre, disponível para receber mostras de arte, palestras e workshops.
A Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, revelou ao ECO que o projeto da Farfetch e do Castro Group vai criar sete mil postos de trabalho. “A perspetiva é que sejam criados sete mil novos postos de trabalho, sobretudo na área digital. (…) Este projeto é algo revolucionário para a economia nacional e para Matosinhos é um investimento estratégico”, sublinha Luísa Salgueiro.
No centro tecnológico projetado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, 80% dos espaços exteriores vão ser totalmente abertos à comunidade. “Além dos escritórios, agradou-nos ter um plano que incluísse outras empresas e outras entidades – com fins lucrativos ou não. E também um hotel, até por causa da mobilidade que as empresas têm hoje em dia. A ideia é que o projeto seja aberto à comunidade da região, mas também à comunidade empresarial”, sublinha José Neves, CEO da Farfetch.
Assenta nos três da inovação, sustentabilidade e bem-estar, o projeto desta plataforma global para a moda de luxo deverá ser “o mais sustentável de Portugal e dos mais sustentáveis da Europa”, contou aos jornalistas o fundador da empresa, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de apresentação pública.
Paulo Castro, CEO do Castro Group, resumiu que vai nascer em Matosinhos “algo ímpar e que coloca este espaço no mapa internacional do que melhor se faz quer ao nível da sustentabilidade, quer ao nível da inovação”. “Com este empreendimento propomo-nos desenvolver uma smart city, ou neste caso, um smart valley. Ambicionamos construir um total de 24 edifícios, 14 dos quais prevemos que estejam construídos até 2025. Destes, sete são para os espaços da Farfetch e os restantes promovidos pelo grupo, incluindo o hotel”, detalhou.
No encerramento da cerimónia, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, louvou publicamente o trabalho que José Neves tem desenvolvido e sublinhou que este projeto representa uma “visão inspiradora e exemplar”. Numa nota mais pessoal, o governante disse estar “muito satisfeito” em ver acontecer este projeto na sua cidade, mostrando-se “espantado com o potencial que tem”.
Conforto e colaboração
Para José Neves, este vale assume-se como o “melhor dos dois mundos, onde será possível criar as melhores condições para que os colaboradores da Farfetch se sintam confortáveis no seu dia-a-dia e tenham ao seu dispor ferramentas para (…) promover a colaboração e o sentido de equipa”.
O Fuse Valley vai contar com uma creche para os filhos dos colaboradores, uma academia focada no bem-estar e também salas para a prática de meditação, ioga e exercício, promovendo a saúde física e mental, enumerou a empresa.
“Na nossa visão do futuro do trabalho, os espaços da empresa são mais do que espaços de trabalho. São núcleos de conexão, de criatividade e inovação, mas são também espaços onde queremos criar as condições para promover o bem-estar. No Fuse Valley queremos reunir as condições que permitam que as pessoas se sintam incluídas num espaço que é facilitador de modelos de trabalho híbridos onde o presencial e o remoto se encontram em perfeita simbiose, e onde se promove a cultura da empresa”, resumiu o líder da Farfetch.
Além dos princípios de sustentabilidade aplicados à construção, o vale tecnológico da Farfetch estará também orientado para promover a mobilidade sustentável, com uma forte aposta nos espaços para o carregamento de veículos elétricos e postos com bicicletas e trotinetes elétricas para usufruto comum dentro do perímetro deste mega projeto.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Vale da Farfetch chama outras empresas e cria 7 mil empregos em Matosinhos
{{ noCommentsLabel }}