Atividade económica dispara na primeira semana de dezembro
O indicador de atividade económica, retrato em tempo quase real da economia portuguesa, apontou na semana terminada em 5 de dezembro uma variação superior à anterior divulgou o Banco de Portugal.
O indicador diário de atividade económica, que retrata em tempo quase real a evolução da economia portuguesa, aponta na semana terminada em 5 de dezembro para uma variação superior à da semana anterior, divulgou esta quinta-feira o Banco de Portugal. Já em comparação com o ano passado, altura em que o país estava em confinamento, o crescimento ultrapassou os 8%.
“Na semana terminada a 5 de dezembro, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação da atividade superior à observada na semana anterior”, refere o Banco de Portugal (BdP) numa nota hoje divulgada.
Uma vez que a evolução recente do DEI se encontra “fortemente influenciada por efeitos base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afeta de forma significativa a evolução homóloga da atividade em 2021”, o banco central divulga também a evolução da taxa bienal, de forma a mitigar a influência destes efeitos base acumulando a variação, em dias homólogos, para um período de dois anos. Assim, na primeira semana de dezembro, o crescimento homólogo em Portugal foi de 8,4%, depois de ter crescido 5,6% na semana anterior, 5,3% na terceira semana de novembro e 3,4% na segunda semana anterior. Já no arranque do mês de novembro o crescimento foi de 1,4%.
O DEI é um indicador lançado pelo BdP para identificar “mais facilmente” alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do Banco de Portugal ou do Eurossistema.
Divulgado semanalmente à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente, o DEI cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.
Conforme explica o BdP, a utilização deste tipo de dados de alta frequência “intensificou-se na sequência da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19”, já que, dado o “curto desfasamento” da sua divulgação face ao período de referência, permitem “identificar atempadamente alterações bruscas na atividade económica”.
O DEI é normalizado de tal forma que a sua média trimestral tenha a mesma média e desvio-padrão da taxa de variação homóloga trimestral do PIB nos últimos anos e, para além do indicador diário, também se apresenta a média móvel centrada de sete dias numa frequência diária por forma a mitigar alguma irregularidade presente nas séries diárias.
A data prevista para próxima divulgação do DEI é 16 de dezembro.
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