Mais de metade dos profissionais tech trabalha mais em modelos remotos. 36% diz ter mais energia

Esse aumento da carga de trabalho que mais de metade dos profissionais sente não se reflete, contudo, em maior cansaço ou ansiedade. Trabalhar a partir de casa continua a agradar à maioria.

Mais de metade (54%) dos trabalhadores informáticos relata um aumento do volume de trabalho desde que mudaram para o trabalho remoto, entre os quais 18% descrevem este aumento como significativo. Por outro lado, apenas 9% diz que notou, inclusive, uma diminuição, devido a novas condições de trabalho, e 37% não notaram qualquer alteração na carga de trabalho, revelam os dados de um estudo recente da Kaspersky. Mas esse aumento que mais de metade dos trabalhadores sente não se reflete, necessariamente, em maior cansaço.

“Embora o estudo revele que mais de metade dos colaboradores sofreu um aumento do volume de trabalho, 64% dos inquiridos não se sentem mais cansados no final de um dia remoto. De facto, 36% declararam ter mais energia a trabalhar a partir de casa, e 28% afirmaram que não notaram uma diferença entre os dois formatos”, refere a empresa de cibersegurança e privacidade digital em comunicado.

No que se refere à estabilidade emocional, o formato remoto foi bem recebido pela grande maioria dos colaboradores: 67% relatam sentir-se mais confortáveis a trabalhar à distância ou dizem não ter notado um aumento de ansiedade associado a horas extraordinárias, enquanto 41% dos inquiridos afirmam sentir-se ainda mais confortáveis a trabalhar a partir de casa.

Contudo, há quem sinta algum desconforto em teletrabalho: 36% dos inquiridos admitem sentir-se mais cansados e 33% relatam quadros de ansiedade mais frequentes com o trabalho a partir de casa. “Uma solução que se está a revelar popular entre os colaboradores em geral, é o modelo de trabalho híbrido. Este formato é altamente favorecido entre colaboradores, com quase metade (45%) a mudarem para um formato de trabalho híbrido em meados de 2021”, explica a Kaspersky, acrescentando que outra solução é a implementação de práticas de bem-estar.

“A boa notícia é que muitas empresas estão à altura do desafio de procurar formas de ajudar a gerir um potencial esgotamento de um colaborador. De facto, 80% das empresas estão a investir em cursos de formação para melhorar as competências nucleares, tais como gestão e poupança de tempo (31%). As empresas estão também a oferecer vantagens, tais como tempo livre adicional pago ou férias anuais (30%), e a proporcionar consultas e cursos de bem-estar online (29%).”

No entanto, o estudo desenvolvido pela Kaspersky — que inquiriu 4.303 trabalhadores informáticos — indica que ainda há muito trabalho a ser feito para mitigar o aumento do volume de trabalho dos colaboradores remotos. Apenas 45% das empresas aplicaram pelo menos uma medida prática, como a automatização das operações de segurança ou a contratação de pessoal adicional para fazer face ao esgotamento dos colaboradores.

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